Se quisermos bons frutos, será indispensável o zelo, o cuidado e todo trabalho em torno dessa “pequena árvore” que depende de você
Olhando para os flashes que circundam minha infância, constato que as brincadeiras são chaves de acesso para a realidade, e são capazes de, nos ensaios da vida, construir hoje o que para nós
era um mero futuro.
A brincadeira das crianças surge em muitos aspectos como uma espécie de antecipação da vida, como um ensaio para a vida que segue, sem envolver o seu peso e a sua seriedade. Mas a pergunta que fica é: as brincadeiras de crianças, deste tempo, estão preparando que tipo de ser humano? Como pais, padrinhos, avôs e irmãos, faz-nos bem refletir, pois as fases da vida de uma criança se assemelham ao ciclo das árvores. Assim, gostaria de fazer analogia entre o ciclo vital das árvores e as fases da vida de uma criança.
Se quisermos bons frutos, será indispensável o zelo, o cuidado e todo trabalho em torno dessa “pequena árvore” que depende, hoje, de você para ser boa, frondosa e realizada. Se pararmos para pensar nisso, tenho certeza que teríamos uma realidade bem diferente. O triste cenário é que árvores maduras estão sendo brutalmente ceifadas antes do tempo. Árvores estéreis e incapazes de produzir frutos, árvores que perderam suas características e já não sabem quem são e o para quê de suas vidas. Muitas são aquelas que, inseguras e amedrontadas, não são capazes de realizar-se, de aventurar-se e experimentar o bom e o belo da vida. Se nos preocupássemos e investíssemos tempo para brincar e ajudar as nossas pequenas árvores a fazerem suas primeiras escolhas, certamente, teríamos com que nos orgulhar. O fruto viria ao seu tempo, o fruto maduro da honestidade, da verdade, do belo, do bem, da coragem, da honra e da realização de ser simplesmente uma árvore que cumpre seu papel e por isso é feliz.
Preste atenção nesta pequenina árvore que você tem aí pertinho de você. Que os ensaios da vida, sem o peso, mas com um toque de leveza, sejam para educar para as virtudes e para o amor. Certamente o mundo conhecerá a árvore do seu jardim.
Deus abençoe,
Ricardo Rezende.
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