Aqui, descrevo a opinião de um jornalista vindo do interior, sem parentes importantes, mas que traz uma alegria imensa de ter tido uma família de fé e união, onde a terra e a chuva também eram grandes motivos de diversão. Onde chinelada no bumbum, vez em quando, fazia o menino pensar no erro que cometeu.
Crédito: Alicia_Garcia /GettyImages
Estamos num tempo em que nossa liberdade de pensar é cercada de grades impostas por todo tipo de medo. Principalmente pelo medo de perder a saúde e consequentemente a vida. Vamos todos morrer um dia e estamos nos esquecendo disso. Talvez porque estamos todos numa verdadeira avalanche de informações truncadas e mal apuradas. E vamos todos engolindo tudo sem ao menos mastigar o que se engole. Nem as vacas no pasto comem o capim verdinho, sem ao menos ruminar o bichinho só um pouquinho.
É preciso despertar o passado!
Não tenho dúvidas de que todo ALERTA é importante, principalmente pra fazer pensar melhor no mundo que estamos. No tempo do chazinho de ervas, da comida feita no fogão a lenha, no ferro de passar chamado engomador, no varal de arame farpado e sem pregador, e na roupa lavada no tanque de alvenaria com sabão de pedra, para deixar as cutículas das unhas inflamadas. Lembro de uma amigo que sempre brinca ao ser perguntado se está tudo bem. “Estou entre a vida e a morte!”. E não é assim mesmo que estamos desde que nascemos? Ou ainda temos dúvidas de que nossas vidas a Deus pertence?
No tempo da vovozinha, não dava para ficar horas no celular (ele não existia). Ela não tinha a máquina de lavar para faz sua parte nem secadora para dispensar o varal. E o vovô não tinha em casa a Air Fryer para dispensar o fogão e o machado que cortava a lenha. Nem tão pouco acendedor automático que pôs fim ao sufoco de acender a lenha e com ela usar também a brasa que cozinhou o feijão para deixar o engomador quentão na hora de passar a roupa. Roupa que hoje já é vendida sem ficar amassada depois que lava.
A nossa vida pertence a Deus
É engraçado poder pensar num ano novo que chega e com a “mordomia” acoplada na tal tecnologia 5G, onde a internet é inteligente e muitos humanos se tornam “doentes”, porque têm máquina pensando por ele, com memória artificial tornando as coisas superficiais. Tem máquina fazendo o esforço que era seu. Tem máquina até servindo de funcionário no seu lugar na empresa, que investe cada vez mais em robótica e automação.
E no meio disso tudo, uma família continua a bater nas hospedarias para pedir acolhida, pedir atenção e um tempinho para conversar. E ao ver a porta se abrir, depara-se com pessoas com olhos grudados na tela do celular e sem olhar para quem bate, dizendo apenas que não tem espaço, e pedindo que procure outro lugar.
Não sei como a minha e a sua história terminarão, mas não posso aceitar tudo que me “vendem”, porque meus tostões da integridade, honestidade e verdade, que me esforço para fazer render 100 por um, ao longo de minha estrada cheia de espinhos e buracos, tem um grande valor no meu coração e quero crer que também tem valor aos olhos de Deus.
Preciso fazer a minha parte e acreditar na única verdade, que não passou nem passará. Pensar e fazer pensar que a vida passa, as coisas passam e as pessoas passam. Mas existe algo que será eterno. Não “eterno enquanto dure”! Mas eterno de eterno! Aquele que não findará, que durará sem passar. É só despertar o passado, viver o presente intensamente e colocar todo o futuro eterno nas mãos do Eterno!
Deus abençoe!
Wallace Manhães de Andrade
Comunidade Canção Nova
