O voto de castidade é a resposta do ser humano ao dom gratuito de Deus que, elegendo-o para Si, lhe dá a entender o preço da virgindade perfeita, “por amor ao reino dos céus” (Mt 19,12).
O dom da graça divina
Dentre os conselhos evangélicos sobressai o de, com o coração mais facilmente indiviso, consagrar-se somente a Deus na virgindade ou no celibato. Esse é o dom da graça divina que o Pai consegue a alguns irmãos que consiste tanto na renúncia quanto na totalidade de amor. Só o amor infinito de Deus explica a oferenda deste dom.
São Paulo escreve: “Cada qual recebe de Deus o seu próprio dom” (I Cor 1,1). O voto de castidade é o resultado da eleição de um amor que é único: a castidade por amor ao reino dos céus, que os religiosos professam, deve ser um excelente dom da graça que liberta, de modo singular, o coração do homem.
A vida religiosa é parte essencial para a Igreja
Em primeiro lugar, a vida religiosa é um caminho privilegiado para alcançar a santidade, parte essencial para a Igreja. O Papa João Paulo II (Vita Consecrata) observa que “na manifestação da santidade da Igreja há que reconhecer uma objetiva primazia à vida consagrada”.
E ainda diz: “Os santos e as santas sempre foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis ao longo de toda a história da Igreja. Hoje, temos muita necessidade de santos, graça esta que devemos implorar continuamente a Deus.
Os Institutos de vida consagrada, mediante a profissão dos conselhos evangélicos, devem estar conscientes da sua especial missão na Igreja de hoje, e nós devemos encorajá-los nessa sua missão.”
O voto de castidade
Obviamente, o demônio não ia querer ficar de fora; ele quer destruir as vocações, realidade tão importante da nossa Igreja fundada por Jesus Cristo.
É urgente que nós, cristãos batizados, vivamos com fidelidade a nossa vocação universal à santidade, e que os religiosos, sacerdotes, não desanimem e se entreguem cada vez mais a Deus, que alimenta e fortalece a sua consagração.
A Igreja Católica afirma que a vida consagrada deve ser vista como “uma resposta livre a um chamamento particular de Cristo”. E que mediante este chamado “os consagrados se entregam totalmente a Deus e tendem para a perfeição da caridade sob a moção do Espírito Santo” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, n. 192).
Se vocẽ recebeu de Deus o chamado, não tenha receio de dizer “sim a Ele, seja feliz, realizando sua vocação!
Oremos pelas vocações no Brasil e no mundo.
Maria Rosangela Pereira
Comunidade Canção Nova