Colocar-se no lugar do outro

Colocar-se no lugar do outro exige de nós uma atenção ainda maior no que diz respeito aos nossos próprios erros, somos míopes e condescendentes, mas rápidos e “precisos” para identificar e condenar as faltas do próximo.

Colocar-se no lugar do outro

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Todos nós somos capazes de errar por esta razão devemos ser exigentes conosco em primeiro lugar. No Evangelho de São Lucas, está escrito:

Propôs-lhes também esta comparação: Pode acaso um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova? O discípulo não é supe­rior ao mestre; mas todo discípulo perfeito será como o seu mestre. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Deixa-me, irmão, tirar de teu olho o argueiro, quando tu não vês a trave no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e depois enxergarás para tirar o argueiro do olho de teu irmão.” (Lc 6, 39-42)

Tira primeiro a trave do teu olho

Jesus julgava tudo com olhar puro e reto, cheio de misericórdia. Ele nos convida a olhar para nós mesmos, alertando-nos para o grande risco que corremos quando julgamos os outros sem conhecer, de fato, a intenção do coração do nosso semelhante, realizando assim um juízo temerário em relação a outra pessoa.

Portanto, tenhamos clareza de quem realmente somos e fujamos da hipocrisia, porque sempre que nos vemos preocupados com o comportamento do outro, nos esquecemos do nosso proceder e nos tornamos ainda piores. Por vezes, aquilo que vemos no outro e que nos faz julgá-lo está presente em nós.

Essa desmedida severidade para com os outros prova que não vemos as coisas com os “olhos de Deus”, tornamo-nos hipócritas, em vez de usarmos de misericórdia.

Colocar-se no lugar do outro

Peçamos a graça de enxergar com o olhar do Senhor, que nos julga com justiça e, ao mesmo tempo, nos compreende.

Na oportunidade de ajudar alguém que esteja tomando atitudes que não são corretas, ajude-as estendendo a mão. E “não o julgue”.

De fato, quando julgamos o outro, fica claro que o nosso amor próprio desordenado afeta, sim, nossa capacidade de julgamento. Colocar-se no lugar do outro nos torna mais humildes, pois também nós somos capazes de errar.

Que tal começar hoje mesmo?

Deus abençoe você!

Viviane Ferreira

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Viviane Ferreira