Reze com o coração: temos de entender que não podemos passar o dia inteiro dissipados, se o que queremos, verdadeiramente, é crescer no amor a Deus.
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Reze com o coração
O que isso significa? Certa vez, numa aula de Língua Portuguesa em um curso pré-vestibular, a professora quis introduzir uma conversa entre os alunos sobre o tema oração.
Havia, na sala, alunos com diversas experiências religiosas. Alguns viviam ativamente as atividades em sua Igreja, participavam das missas aos domingos, ou dos cultos e celebrações no caso dos evangélicos. Outros não participavam tão ativamente, havia os que não opinaram e se mantiveram em silêncio, e havia até seminaristas que se preparavam para o vestibular de Filosofia.
A oração espontânea
A professora, após dar a oportunidade de muitos falarem e de, ela mesma, dar uma opinião, tinha chegado a uma primeira conclusão de que a oração espontânea, aquela não decorada ou lida em livros de oração, era melhor e até mais eficaz.
Alguns falavam dessas experiências e até diziam respeitar quem rezava o terço ou outras orações tradicionais e decoradas. A discussão era boa e tranquila, não houve desrespeito ou menosprezo por pessoas que rezavam diferente do que a maioria da sala havia opinado.
A oração do Pai-Nosso
Foi então que, querendo aprofundar um pouco mais o assunto, a professora resolveu perguntar a um seminarista, que ainda não tinha falado, o que ele pensava sobre o assunto: “O que você acha? A oração espontânea é melhor realmente para nos unir a Deus?”.
O seminarista, que já estava ali escutando as conversas, respondeu com serenidade e humildade: “Olha, ouvindo a experiência de cada um e concordando em muitas coisas, eu me lembrei de Jesus ensinando o Pai-Nosso aos discípulos, e então eu pensei: Todos aqui que são da fé cristã oram o Pai-Nosso, que é uma oração tradicional e decorada, mas foi ensinada pelo próprio Jesus, não é?”.
A oração mais eficaz é a do coração
E concluiu: “Então, na minha opinião, acredito que a melhor oração é aquela que se reza com o coração, com a verdade, com o desejo sincero de conversar com Deus, seja ela decorada ou espontânea”.
Ao final da fala do seminarista, que surpreendentemente foi ouvido com atenção por toda a sala, a professora concordou com um gesto, com a cabeça e agradeceu.
É isso, meu irmão, minha irmã, nunca deixe de rezar; e quando o fizer, reze sempre, reze sempre com o coração.
“Eis como deveis rezar: PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome” (Mt 6,9)
Deus o abençoe!
Seu irmão,
Deividson Francisco
