Sede sóbrios

Sede sóbrios. De fato, para alcançar a santidade perfeita, São Pedro nos adverte, na sua primeira carta, a uma vida moderada, sóbria e ordenada. Para isso, façamos bom uso das santas virtudes para nosso amadurecimento na fé e a perfeita comunhão com o Pai. 

“Cingi, portanto, os rins do vosso espírito, sede sóbrios e colocai toda vossa esperança na graça que vos será dada no dia em que Jesus Cristo aparecer.” (I Pd 13).

Sede sóbrios

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A busca das virtudes teologais

O Catecismo da Igreja Católica no traz com precisão as virtudes teologais: “têm como origem, motivo e objeto imediato o próprio Deus

Para entrar nos Reino dos Céus, precisamos das virtudes teologais, e a sabedoria ensina que a temperança e a prudência, a fortaleza e a justiça são as virtudes mais úteis para os homens na vida” (cf. Sab 8,7) 

A caridade é o vínculo da perfeição

A caridade, quando é vivida, move ao bem em todos os aspectos, regulando a vida do homem até nas suas dimensões terrenas e nas suas relações sociais, de modo que nada impeça o seu caminhar para Deus.

Santo agostinho nos ensina, expondo as virtudes cardeais como aspectos particulares do amor: “A temperança é o amor que se mantém íntegro e puro para Deus; a fortaleza é o amor que tudo suporta com facilidade por Deus; a justiça, o amor que serve unicamente a Deus e, desse modo, domina todas as coisas sujeitas ao homem; a prudência é o amor que discerne sobre o que o ajuda a ir para Deus do que poderá impedi-lo”.

A caridade dá vida e forma a todas as virtudes morais; e estas, por seu lado, dispõem para a caridade, facilitando e robustecendo a sua prática.

Há em nós uma necessidade de amar a Deus de todo o coração, e para isso fica evidente que devemos temperar e moderar os instintos e paixões que nos distraem, trazendo consequências que nos impedem de orientá-las para Deus.

A e a caridade são o conteúdo essencial da vida cristã, mas a fé não pode atuar pela caridade se a concupiscência não for refreada pela temperança; e aqui está algo importante que devemos sempre observar no nosso proceder como filhos da luz.

A graça de Deus manifestada a nós exige que renunciemos aos apetites mundanos. De que modo, com que empenho e com quais disposições estamos, de fato, sendo sóbrios e vigilantes?

O “homem novo” e moderado controla e domina os seus instintos e paixões, ele vigia para que não alimente as tentações com que o Demônio possa induzir ao pecado: Sede sóbrios.

Sede sóbrios

“O Diabo, vosso adversário, anda ao redor de vós, como um leão que ruge, buscando a quem devorar” (I Pd 5,8).

Peça, hoje, ao Senhor que sonda os corações uma alma enamorada, para que possa guiá-lo pelo caminho das santas virtudes com Seu divino amor, seguindo seus sábios conselhos: Sede sóbrios e vigiai!

Deus abençoe você! 

Maria Rosangela Pereira
Comunidade Canção Nova   

Maria Rosangela Pereira