Você tem fome de quê? Amor? Poder? Fama? Dinheiro? Carinho? Se pudéssemos enumerar as necessidades que existem no coração humano, nossa lista seria infinita. Porém, só temos uma única fome que, saciada, preencheria todas as outras.
Você tem fome de quê?
O Catecismo da Igreja Católica afirma que “o desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus” (Catecismo, 27).
Não é à toa que, quando Cristo revela, em Sua Palavra, o mistério de Si mesmo, Ele o faz usando metáforas com elementos que preenchem nossas necessidades: luz, água, pão. Ele nos mostra que, buscando-O, encontraremos o resto, e isso inclui o material.
Pão vivo descido do céu
No capítulo sexto do Evangelho de São João, o Senhor afirma: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente” (Jo 6,51). O Senhor faz essa declaração após a multiplicação dos pães, em que muitos foram saciados e, por isso, vão à Sua procura. Jesus deixa claro que é preciso buscá-Lo não visando o alimento que perece, mas porque Ele é o pão que dá a vida, que atende as necessidades mais profundas de nossa alma, dando sentido a nossa existência.
Desse modo, os pães multiplicados significam que, quando procuramos, em primeiro lugar, o Reino, todo o resto vem: a saúde, o amor, as questões materiais e assim por diante, porque o Pai sabe do que precisamos e não quer que fiquemos ansiosos por aquilo que nos falta (cf. Mt 6,38).
O que cabe a nós, então?
Precisamos lutar, sim, no dia a dia, pela vida, pelo emprego e por tantas outras coisas, mas conscientes daquilo que realmente é o mais importante, tendo tudo isso como circunstancial e não como fundamento da nossa existência. Nossa vida é muito mais que matéria. Há uma eternidade esperando por nós! Portanto, podemos canalizar a nossa sede para o único necessário, rezando todo os dias: Que só por hoje, Senhor, eu tenha sede apenas de Vós!
Elane Gomes
Comunidade Canção Nova