Numa manhã do ano de 2007, quando eu era seminarista cursando filosofia, ouvi do monsenhor Jonas Abib esta expressão ao iniciar a Santa Missa: “Tudo o que nos acontece nos favorece, se a gente não se aborrece e ainda agradece”.
Esta frase me marcou profundamente, porque, naquela manhã, a Missa transmitida pelo Sistema Canção Nova de Comunicação estava começando com quinze minutos de atraso. O motivo: ninguém encontrava as chaves que abriam a capela e a sacristia, para prepararmos o altar e a credência para a celebração. Eu e outros, que sabíamos do problema e, há pelo menos uma hora, estávamos à procura da chave, estávamos aflitos, preocupados. Entretanto, um homem com o coração em Deus teve muita calma até que tudo se resolvesse, a chave fosse encontrada e a Missa se iniciasse como também a transmissão.
Foi aí que ouvi aquela voz um pouco rouca, mas muito firme, proclamando, antes mesmo de traçar o sinal da cruz para o início da celebração: “Tudo o que nos acontece nos favorece, se a gente não se aborrece e ainda agradece”. Não havia tom de ressentimento, de vingança ou mesmo de ira naquela voz. Havia, naquelas palavras, um tom de confiança em Deus, que me fez recordar as palavras do apóstolo Paulo: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio” (Rm 8,28).
Hoje, é um dia para refletirmos: como reagimos quando as coisas não saem exatamente como planejamos? Que o Espírito Santo nos ajude a traduzir Sua Palavra em vida concreta.
Deus abençoe o seu dia!
Seu irmão,
Padre Edmilson Dias
Maranathá, vem Senhor Jesus!