Seguir o Cristo é uma decisão interna. Aprender a dominar a si é um grande bem que fazemos a nós e aos outros. Travamos uma luta entre o homem velho e o novo quando não combatemos nossos pecados, nossas tendências ou inclinações desordenadas.
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No cumprimento das obrigações, precisamos de autodomínio, que é essa capacidade de superar os condicionamentos internos e externos que se apresentam na nossa vida, porque, de fato, há em nós desordens interiores que se não forem combatidas, nos afastam de Deus.
Seguir o Cristo é uma decisão interna
Para cultivar o autodomínio devemos refrear as paixões e os vícios mais grosseiros da alma, e tais vícios são a porta de entrada para o pecado. Se formos receptivos à influência do Espírito Santo, Ele nos ajudará a ter autodomínio como fruto do Espírito Santo, que consiste em renegar a impiedade e os prazeres pecaminosos.
São Paulo, na carta aos Gálatas, nos aponta: “Se, porém, vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sob a Lei. Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra essas coisas não há Lei.” (Gl 5,18-23)
O domínio de si é um trabalho a longo prazo
Não é tão difícil nos deparar com atitudes grosseiras em nós. A raiz desses problemas reside na falta de equilíbrio interno e externo. O Espírito Santo é nosso auxiliador nesta empreitada; controlar-se a si mesmo nos leva aos lugares mais altos da alma e deve ser acompanhada pelo esforço pessoal de cada pessoa.
Essa virtude nos torna mais educados e sociáveis, desapegados e cheios de misericórdia. “O domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida. O esforço necessário pode ser mais intenso em certas épocas, por exemplo, quando se forma a personalidade, durante a infância e a adolescência.” (Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 1998, n. 2347, p. 607)
Seguir o Cristo é uma decisão interna, e devemos começar por dentro, corrigindo em nós atitudes e gestos que não constroem a vida fraterna porque, de fato, a assimilação de tal virtude nos torna ainda melhores aos olhos do Pai.
Dê o primeiro passo!
Maria Rosangela Pereira
Comunidade Canção Nova
