Renunciar a si mesmo é um ato de amor a Deus. Quando precisamos fazer uma escolha, consequentemente, precisamos deixar algo: toda escolha exige uma perda.
Nas ocasiões em que temos uma opção boa e outra nem tanto, a decisão é um pouco mais fácil, queremos o que é bom, mas, quando as duas são favoráveis, torna-se mais difícil.
Qual escolha é a melhor para mim? E se eu não escolher tão bem, quais serão as consequências? Para bem escolhermos, precisamos avaliar as consequências do que abraçaremos e do que deixaremos.
Renunciar a si mesmo
Jesus, ao reunir os seus discípulos, disse a todos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Lc 9,23). Os discípulos já haviam se decidido a estarem com Jesus, mas, mais uma vez, nosso Senhor os convida a tomarem uma decisão com consequências presentes.
Precisamos entender qual escolha se trata quando escolhemos por Cristo: o negar-se a si mesmo é deixar para trás as suas vontades próprias. É muito fácil pensar desta forma teoricamente, entretanto, na prática, os desejos interiores não acompanham tal decisão. Isso acontece porque o pecado concentra o homem em si mesmo, já a negação do homem o faz voltar para Deus e compartilhando com Ele o mesmo caminho, por isso, Ele nos diz “tome a sua cruz e siga-me”.
Pela perda se dá o sentido da vida
Entretanto, o Senhor faz uma promessa: “pois quem quiser salvar sua vida, este a perderá, mas quem perder sua vida por causa de mim, este a salvará” (Lc 9,24). Aqui está a consequência futura por causa da escolha presente. Ninguém suporta a renúncia pelo bem desta vida, deste mundo.
O “deixar” ou “negar-se” não é um ato único, quem dera fosse se perseverássemos desta forma, entretanto, a decisão de deixar as minhas vontades e renunciar ao meu orgulho precisa ser constante. Essa foi a metodologia de Cristo com os seus, não foi um chamado único, e sim a construção de uma escolha. O martírio, fato final, não anula o ritmo paciente de cada dia, pela perda se dá sentido à vida.
O Senhor, que conhece os seus, os chama mais uma vez, e “mais uma vez” precisam escolher e deixar!
Qual é a sua escolha?
Seu irmão,
Thiago Teodoro
Comunidade Canção Nova