“Ide e aprendei o que significam essas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Os 6,6). Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” Mt 9,13.
A alegria da Ressurreição nos impele para uma vida nova onde deve reinar a misericórdia! É o Espírito de Cristo que recebemos, o Espírito Santo, um Espírito de amor e misericórdia. Afinal, qual é o verdadeiro filtro para avaliarmos o amor? Ou, melhor dizendo, como podemos testar a qualidade do nosso amor?
Quero a misericórdia
Jesus nos lembra que até os publicanos amam aqueles que os amam (Mt 5,46) e não há mérito nisso. É fácil amar quem nos admira, quem nos exalta, nos apoia e ama. O amor é tanto mais puro, quanto mais desinteressado for (Lc 14,14) e quanto menos recompensa buscar (Mt 6,3).
Ou seja, a suprema forma do amor é a misericórdia. Ela vai além da justiça, além da reparação e além do próprio perdão.
A misericórdia é o amor que abraça o pecador
A misericórdia é o amor que abraça o que, pela lógica, deveria ser rejeitado. Somente o amor pode fazer isso porque ele, além de envolver, acolher, é fonte de transformação e renovação.
O que buscamos? Justiça ou misericórdia? Adequação às regras ou amor? Sacrifício ou misericórdia?
Mas nunca se engane, estes termos não são contrários e conflitantes. A misericórdia supera a justiça, mas nunca é injusta ou fomenta o erro.
O amor extrapola as regras sem as destruir. E o sacrifício só não pode ser valorizado quando se torna um fim em si mesmo, uma espécie de vaidade macabra.
A regra de ouro ainda é válida: se quisermos a misericórdia, teremos de viver a misericórdia! Como o próprio amor, é promovendo a misericórdia ao nosso redor que estamos plenamente aptos a receber a Divina Misericórdia.
Seu irmão,
Flavio Crepaldi