Ofereça a Deus um sacrifício de louvor. Todos são chamados por Deus, vocacionados a ofertar as suas vidas como sacrifício de louvor a Deus pela salvação das almas.
No mês de agosto, a Igreja no Brasil motiva a celebrarmos as vocações: sacerdotal, matrimonial, religiosa e leiga. Na terceira semana está a Semana da Família, que coloca como prioridade as vocações matrimoniais para a vida em família, pois dela se originam todas as demais vocações. O saudoso Papa São João Paulo II nos ensinou que não existe cristão sem vocação. Todos são chamados por Deus, vocacionados a ofertar a sua vida como sacrifício de louvor a Deus pela salvação das almas.
Será que Deus precisa dos nossos sacrifícios?
Na sociedade atual marcada pela cultura do prazer, onde a palavra sacrifício é rejeitada. Muitos chegam a questionar: Será que Deus precisa dos nossos sacrifícios? São Tomás de Aquino responde que: “Não adoramos a Deus por sacrifícios e dons exteriores em benefício dele, mas por nós e por nossos próximos, pois ele não precisa de nossos sacrifícios, mas deseja que eles lhe sejam oferecidos para promover nossa devoção e a utilidade dos nossos próximos” (ST IIa-IIae q. 30 a. 4 ad 1).
O Catecismo nos ensina que é justo oferecer sacrifícios a Deus, em sinal de adoração e de reconhecimento, de súplica e de comunhão. Somente será autêntico, se o sacrifício exterior for expressão do sacrifício espiritual feito por amor a Deus e ao próximo. “O único sacrifício perfeito é o que Cristo ofereceu na cruz, em total oblação ao amor do Pai e para nossa salvação (cf. Heb 9,13-14). Unindo-nos ao seu sacrifício, podemos fazer da nossa vida um sacrifício a Deus” (CIC 2099-2100).
Somos um sacrifício vivo, santo, agradável a Deus
O Saudoso Papa Bento XVI explica sobre o culto espiritual dizendo que todos precisam reassumir o compromisso de ser e viver como amigo de Cristo. Um novo modo de vida onde Paulo diz: “Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual” (Rom 12,1). Ofertar a vida em sacrifício significa honrar Deus concretamente na existência quotidiana com um comportamento qualificado por Paulo como “sacrifício vivo, santo, agradável a Deus” (Audiência Geral, 07 de janeiro de 2009).
E acrescenta o Papa que Paulo supõe que, pelo batismo, nos tornamos “um em Cristo Jesus” (Gl 3,28), que vivemos com Cristo, para Cristo e em Cristo. Na comunhão com Cristo, realizada na fé e nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia, tornamo-nos, apesar de todas as nossas insuficiências, sacrifício vivo; e realiza-se o “culto verdadeiro” (Idem).
Ofereça a Deus um sacrifício de louvor
A Eucaristia, enfim, contém e exprime todas as formas de oração: “é ‘a oblação pura’ de todo o corpo de Cristo ‘para glória do seu nome’ (cf. Heb 13); é, segundo as tradições do Oriente e do Ocidente, ‘o sacrifício de louvor’”, nos fala a Igreja (CIC 2643).
Que a concepção sacrificial da Santa Missa gere frutos conversão em cada vocação; e que, a partir do encontro com Cristo em cada Eucaristia, cada um possa haurir do Santíssimo Sacramento os frutos e os dons de santificação, para o louvor da glória do Senhor. Com generosidade, ofereça a Deus um sacrifício de louvor.
Abraço fraterno de sua irmã em Cristo,
Rosa Cruvinel
Comunidade Canção Nova