O medo de não corresponder o paralisa? Muitas pessoas passam por essa realidade: o medo de não corresponder às expectativas dos demais.
Como uma algema, prendem-se às preocupações relacionadas ao medo intenso de não corresponder às expectativas que fazem delas, ou que, teoricamente, os pensamentos que, intensamente, tomam conta de nós e nos amarram em teias de ansiedade e desespero.
As preocupações excessivas com o nosso próprio desempenho acabam prejudicando nossas capacidades, e, quando percebemos, nossa vida profissional, nossos relacionamentos, a vida social e todo tipo de relacionamento escolar, familiar, enfim, acaba sendo prejudicado.
E novamente nos vemos naquele movimento do medo de não corresponder: medo, medo, medo. Aflitos, parece que deixamos de ser quem verdadeiramente somos. Mas descrever a situação parece fácil, porque muitas pessoas vivem isso, e saberiam colocar aqui todos seus sentimentos.
O medo nos aprisiona
O medo de não corresponder pode estar ligado a uma série de fatos em nossa vida: estar inseguro por ter vivido a traição em sua vida, ter receio em ser enganado pelas pessoas, ter vivido a frieza por parte dos pais que não fortaleceram sua autoestima e valor próprio, ter recebido muitas críticas dos pais ou de figuras afetivas importantes para você, ter vivenciado o desamparo afetivo intenso na infância, dificuldade em reconhecer nossas capacidades, pontos fortes e supervalorizar aquilo que não é bom ou suficiente em nós.
O medo de não corresponder o paralisa?
Isaías foi profético ao dizer: “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa.” (Is 41,10).
O medo aprisiona, e lidar com ele pode ser intenso num primeiro momento, mas logo depois é libertador. Ser quem somos, sermos de verdade, aquilo que acreditamos e temos como ideal nos conduz a viver melhor.
Tomado de cenários trágicos e com dificuldade para concentrar-se no que realmente está acontecendo em sua vida, a pessoa que vive essa situação, precisa fazer esse reencontro com a verdade, com sua história, com o mais bonito que há em si, e até mesmo com aquilo que não é bom.
Estejamos certo de que, dificilmente, iremos agradar todas as pessoas, é uma grande verdade.
Tudo isso que trouxe para você na reflexão desta quarta-feira não deve acomodá-lo, mas movê-lo a viver a liberdade interior, a liberdade de ser quem você é e descobrir as belezas que você tem.
Abraço fraterno!
Elaine Ribeiro,
Psicóloga