O jejum que agrada ao Senhor

O jejum que agrada ao Senhor é a verdadeira caridade. Com extraordinária precisão, o texto sagrado indica:  “O jejum que me interessa, diz o Senhor, é também repartires o pão com o faminto, dares pousada aos pobres sem abrigo, levares roupa a quem vistes andar despido e não voltar as costas ao teu semelhante. Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas chagas não tardaram a sarar.” (Is 58, 6-8) 

O Jejum que agrada ao Senhor

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A luz da boa conciência

A promessa do Senhor se cumpre uma vez que a Igreja ensina aos seus filhos o verdadeiro sentido da penitência quaresmal, pois se a penitência não conduz ao esforço interior que elimina o pecado e a prática das virtudes, não pode ser agradável a Deus.  

A luz da boa consciência resplandecerá diante de Deus e dos homens, e a ferida do pecado que trazemos será curada por um verdadeiro amor a Deus e aos irmãos. 

Pouco ou nada vale sujeitar-se a privações corporais se somos incapazes de renunciar aos interesses próprios para respeitar e favorecer o próximo. Tomemos cuidado e vivamos pacificamente com todos, suportando com paciência as contrariedades do tempo presente.         

O jejum que agrada ao Senhor

O povo de Israel, tão escrupuloso cumpridor do jejum legal, levantava sua voz pretendendo exigir determinados direitos provenientes das práticas penitenciais, mas vazias do autêntico espírito de piedade, diziam: “De que nos serve jejuar se Vós não o vedes, e fazer penitência, se Vós não quereis saber?”(Is 58,3) 

E a Palavra do Senhor respondia-lhe: “De que serve jejuar, se com isso não vos importais? E mortificar-nos, se nisso não prestais atenção?” É que no dia de vosso jejum, só cuidais de vossos negócios, e oprimis todos os vossos operários.” (Isaías 58,3)

O jejum que agrada ao Senhor nos leva a servir-Lhe com o coração humilde e sincero. A caridade, tal virtude teologal, nos convida a amar a Deus e ao próximo. Sejamos, portanto, propagadores do amor misericordioso do Senhor nesse tempo favorável.

“Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas chagas não tardaram a sarar.” (Is 58,8) 

Maria Rosangela Pereira
Comunidade Canção Nova

 

Maria Rosangela Pereira