O jejum agradável a Deus é aquele que o fazemos como um complemento da nossa oração. Não se trata de passar fome, pois o que de fato nos santifica é o amor com o qual o fazemos.
Quando jejuamos e rezamos, a oração adquire uma maior eficácia, e essa não vem dos nossos esforços porque não conseguimos ser santos por nossas próprias forças, pelo contrário, quem nos dá a santidade é a graça de Deus conquistada pela oração.
O jejum agradável a Deus
Para dar asas ao amor é necessário mortificar e contrariar as nossas próprias vontades e fazer morrer dentro de nós todo egoísmo. “O jejum é um suporte para a alma, ele nos dá asas para subirmos aos céus e visualizarmos as mais altas contemplações” (São João Crisóstomo).
A Quaresma é um tempo de conversão, de dar um novo sentido para a vida, dar a Deus o devido louvor. É tempo de nos despojar dos nossos próprios apegos para buscar o “amor maior”. Quando nos negamos às satisfações do mundo por um bem mais elevado, não devemos ficar tristes.
“Tu, porém, quando jejuares, unge tua cabeça e lava o rosto” (Mateus 6,17).
O Espírito Santo nos fortalece
O tempo da Quaresma deve ser acompanhado pelo Espírito Santo, que nos fortalecerá para viver com alegria esta experiência de vitória espiritual sobre os desejos da carne.
“Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito Santo, para ser posto à prova pelo diabo” (Mateus 4,1).
Acrescente alguma penitência neste tempo, eduque o seu corpo para que a sua oração se torne eficaz.
Existem muitas opções, escolha uma, busque auxílio de leituras como o livro Pŕaticas de Jejum, escrito por Padre Jonas Abib.
São nesses atos livres e generosos que o amor se manifesta. O próprio fundamento do jejum e da abstinência é o nosso amor a Cristo, pois, assim como Ele morreu na Cruz por nós, também podemos nos mortificar por Ele. É esse o jejum agradável a Deus.
“O meu sacrifício, Senhor, será o meu espírito contrito; Vós Senhor, não desprezeis um espírito contrito e humilhado” (Sl 51,19).
Geraldo Garcia
Comunidade Canção Nova