O fim último de todas as coisas é o próprio Deus. São Tomás de Aquino, em sua Suma Teológica, define devoção como “A vontade pronta para se entregar a tudo que pertence ao serviço de Deus”.
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Nos dias atuais, percebemos a importância de recuperar o significado da palavra devoção. Muito mais do que apenas o significado da palavra, principalmente o seu sentido: vontade pronta para entregar-se inteiramente a Deus. É perceptível que, para boa parte dos católicos atualmente, as práticas devocionais não conduzem a uma verdadeira conversão.
Contudo, é possível perceber que tudo parte da disposição interior que cada ser humano tem para fazer com que Deus se torne o fim último de todas as coisas, ou seja, o Centro de suas vidas. Com isso, também está inclusa a forma como cada um se relaciona com o Senhor.
Os frutos e o ato de vontade
Toda verdadeira devoção tem como fim último de todas as coisas o próprio Deus. Alguns frutos que podem-se colher, a partir desse ato da vontade, são: a paz, a alegria, os sentimentos e as consolações. Porém, nem todos os atos de devoção terão esses frutos. Na relação de intimidade com Deus, a devoção pode ser acompanhada de sentimentos e consolações, especialmente com os iniciantes na caminhada. Mas a devoção pode acontecer também durante o período da aridez espiritual, principalmente com as almas mais adiantadas espiritualmente.
As práticas devocionais podem auxiliar no crescimento espiritual, servem como orientação e inspiração para a vida, além de auxiliar no processo de constância na vida de oração e no avanço na oração em comunidade.
O fim último de todas as coisas
Ter a Deus como fim último de todas as coisas tem se tornado cada vez mais difícil nos dias em que vivemos. O mundo oferece muitas propostas que não vão ao encontro desta primeira. Com isso, educar e fortalecer a vontade deve ser um exercício interior que cada um deve se empenhar cada vez mais. Aproveitemos esse período quaresmal para nos aprofundarmos na experiência com o Senhor!
“Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação.” (I Tes 4, 3)
Franciane Braz
Comunidade Canção Nova
