O Espírito Santo é a força viva e eficaz que anima cada passo de nossa caminhada rumo à santidade. Podemos dizer: o toque de Deus em nós!

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Santa Elena Guerra, apóstola do Espírito Santo, afirmava que Ele é “o fôlego divino que renova a face da terra e de cada coração”. Esse sopro de Deus não permanece inerte: age, transforma e nos impulsiona a corresponder ao chamado divino.
O Espírito também é aquele que concede dons
Não como adereços para exibição, mas como ferramentas para o serviço. São João Paulo II dizia que esses carismas “não pertencem ao passado, mas são necessários à missão da Igreja hoje”. Nesse sentido, padre Jonas Abib ensinava que o Espírito nos conduz para além de nós mesmos, fazendo emergir em cada um a paixão por Deus e o ardor pela missão.
Mas como esse vento divino se manifesta em nós? Primeiro, desperta a consciência do pecado: o Espírito vivifica ao apontar, com ternura, o que nos afasta de Deus. Em seguida, infunde coragem para deixar o velho e assumir a vida nova: “Despojemo-nos das obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz” (Rm 13,12). É um processo interior, silencioso, mas eficaz.
Além disso, Ele nos guia nos conselhos divinos: aquele impulso de rezar pela salvação de um amigo; o desejo de perdoar quem nos ofendeu; a intuição de doar nossos talentos sem esperar reconhecimento. Esses movimentos internos, muitas vezes sutis, são o Espírito que vivifica.
Por fim, o Espírito realiza em nós a semelhança com Cristo
Ele não apenas nos consola nas angústias, mas nos conforma à Paixão e à Ressurreição. É Ele quem faz de nossa vida uma constante Páscoa, em que morremos para o egoísmo e ressuscitamos para o amor.
Aceitar a ação do Espírito é decidir viver em santidade, sem reservas. É permitir que o Criador sopre sobre nós, como fez com o pó da criação, para nos transformar em criaturas novas.
Por isso, com confiança, rezemos: “Ó Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis…”
Flavio Crepaldi
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