O desejo de vingança

Na reflexão de hoje faço um convite à prática do perdão, inspirado diretamente no exemplo de Jesus Cristo.

“E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia” (Lucas 9, 54-56).

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Os apóstolos falaram dessa forma porque Jesus não foi bem recebido naquela cidade samaritana. Como resultado, Tiago e João ficaram magoados, zangados e queriam invocar a ira de Deus sobre aquela aldeia. Essa atitude dos apóstolos, talvez, seja a sua em vários momentos da vida. 

Jesus nos convida ao perdão e não à vingança

Sempre que experimentamos mágoa na vida, é compreensível que nos sintamos assim, tendemos a fazer justiça e vingança. Queremos que aqueles que nos machucam paguem por seus pecados. Mas a atitude de Jesus foi muito diferente. Ele repreendeu Seus apóstolos por seu desejo de ira e seguiu em frente, não permitindo que essa rejeição O afetasse. 

A rejeição e outras formas de mágoa causadas por outras pessoas podem ser difíceis de ser geridas dentro de nós, como uma praga que cresce lentamente e assume o controle. Quando isso acontece, você passa a ter muita dificuldade em perdoar e deixar a mágoa de lado, porém, a melhor maneira de abordar a mágoa causada por outra pessoa é agir imediatamente como nosso Senhor o fez.

Abandone a mágoa e siga em frente. Deus é o único a se vingar, não nós. Quando nos fechamos ao perdão e abrigamos os sentimentos de mágoa, eles acabam nos prejudicando mais do que qualquer outra pessoa.

Reflita sobre qualquer tipo de sentimento de raiva ou mágoa que, porventura, haja em seu coração. Faça a escolha consciente de perdoar e seguir em frente. O perdão permite que você evite que a mágoa lhe cause danos desnecessários. Esteja disposto a dar a outra face, ou seja, a receber, antes, outra injúria do que “compensar” o mal com o mal. No final, é também um convite aberto ao outro.

Arrependa-se e se reconcilie com você mesmo.

Deixe tudo nas mãos do Senhor e procure manter seu coração em paz.

Kaíque Duarte Santos