Apesar de a adoração ser um momento de intimidade entre a pessoa e Deus, o adorador intercede pelos outros. Na intercessão, realizamos, ao mesmo tempo, um combate, um sacrifício e uma reparação.
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A oração de combate
Uma atitude decorrente da nossa união com o Senhor é rezar por alguém ou por uma causa e, neste ato, está implícito um combate. Quem nos confirma isso é o Catecismo da Igreja Católica quando diz:
“Dessa intimidade com o Deus fiel, lento para a cólera e cheio de amor, Moisés tirou a força e a tenacidade de sua intercessão. Não ora por si, mas pelo povo que Deus adquiriu. Já durante o combate com os amalecitas, ou para obter a cura de Míriam, Moisés intercede. Mas é sobretudo depois da apostasia do povo que ‘ele se posta na brecha’, diante de Deus (Sl 106,23), para salvar o povo. Os argumentos de si oração (a intercessão também é um combate misterioso) inspirarão a audácia dos grandes orantes do povo judeu e da Igreja.” (Catecismo, 2577).
De fato, Moisés, grande modelo de intercessor, orava colocando-se entre Deus e o povo, entregando-se num verdadeiro combate de oração. E este sacrifício é próprio de quem se deixou transformar pelo Senhor.
A oração de sacrifício e reparação
“No tempo da Igreja, a intercessão cristã participa da de Cristo; é a expressão da comunhão dos santos. Na intercessão, aquele que ora não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos dos outros (Fl 2,4) e reza por aqueles que lhe fazem mal” (Catecismo, 2635). Esta “intercessão de Cristo” da qual o cristão participa, segundo o Catecismo, vai além da oração, pede também uma entrega à causa apresentada ao Senhor. É por isso que, na intercessão, encontramos as dimensões da reparação e do sacrifício.
O adorador intercede pelos outros
Quando o Anjo de Portugal apareceu aos Pastorinhos em Fátima, ensinou a estes a seguinte oração: “Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão pelos os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam”. “Peço perdão por aqueles…”, essa adoração, além de ser oração de intercessão é, ao mesmo tempo, um ato de reparação pelos que não reconhecem o Senhor. O Anjo ensinou três crianças a adorar, intercedendo e reparando as ofensas a Jesus, e elas fizeram isso não só com palavras, mas com a vida, penitenciando-se pelos outros.
A intercessão nos leva a gestos concretos para quem ou o que rezamos, e é na missão de cada um de nós que buscamos a intimidade com Deus. Que tal fazer, hoje, em seu combate de oração, um ato de sacrifício de reparação ao Senhor? Ele o espera! O adorador intercede pelos outros.
Elane Gomes
Comunidade Canção Nova
