Não há vida sem relacionamentos interpessoais

Não há vida sem relacionamentos interpessoais e não há forma de estarmos bem e em paz se não estivermos bem com o outro.

Nessa perspectiva, podemos refletir juntos sobre a cura através do outro, a cura a partir da consciência de quem também é “necessário”, que a nossa cura possa melhorar o relacionamento conosco e com o outro.

 

Não há vida sem relacionamentos interpessoais

Créditos: FG Trade Latin / GettyImagens

A vida nos concede conviver com pessoas que podem ser fonte de cura para nós

A vida nos concede conviver com pessoas que podem ser fonte de cura para nós. Quantas vezes não encontramos aquela pessoa que nos dá um abraço apertado que parece retirar nossas dores? Sim, esse é o abraço que cura. É a cura através do outro também na forma de percebermos que o cuidado que recebemos de alguém pode nos levar à melhora.

Muitas vezes, apegados às diferenças que temos para com o outro, ao medo de nos abrirmos a um cuidado médico ou psicológico, aos receios e dúvidas, vamos nos fechando cada vez mais, e isso nos leva a um caminho de isolamento, de desesperança. Claro que temos nossas diferenças e desajustes, nossos desencontros e inconstâncias, nossos medos e desafios, e que estarmos sozinhos pode ser para nós o tempo que precisamos para sermos mais reflexivos sobre o que necessitamos fazer.

A cura através do outro

Apegados às diferenças que temos uns com os outros, muitas vezes abandonamos a possibilidade de cura, de reconciliação, de perdão, de busca de ajuda. Quem num  grupo  nunca falhou? Quem pode ser chamado de perfeito e irretocável. Portanto, nesta perspectiva, é importante que possamos nos abrir à cura através do outro, seja ele um amigo, um médico, um psicólogo, um religioso, um fisioterapeuta, um nutricionista ou simplesmente abrir-se ao outro, que pode ser nossa fonte para sairmos do egoísmo, da dor, de um estado voltado apenas para nós mesmos e nossas dores.

Não há vida sem relacionamentos interpessoais

Estar aberto ao outro é reafirmar que não vivemos sozinhos, isolados, mas necessitamos da vivência em unidade apesar de tudo: das diferenças, das dores, decepções que recebemos e também daquilo que causamos ao outro.

Que possamos viver nosso reencontro pessoal das curas das dores e feridas que a vida nos causou ou que escolhas erradas nos causaram, os desânimos, as dificuldades, na certeza que tudo vai sendo colocado em seu lugar, e com o Salmista possamos dizer: Senhor, meu Deus, clamei a vós e fui curado.” (Sl 30,2)

Um abraço fraterno!

Elaine Ribeiro
@elaineribeiro_psicóloga

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