Na batalha somos protegidos por aquele que nos convocou

Em tempos de guerra que põem em risco a vida da alma, não devemos ficar parados nem acovardados, aguardando os golpes dos nossos inimigos, mas sim esquivar-nos do pecado como se foge de uma serpente.
O grande rei Davi, o escolhido, aquele que foi abundantemente consolado pela mão de Deus e onde até se atreveu a dizer: “eu, porém, disse, seguro de mim: não sereis jamais abalado” (Sal 29,7) quando decidiu não ir para a batalha, assim como os reis costumavam fazer na época, caiu no pecado ofendendo a Deus.

Somos chamados a estarmos na batalha. A ociosidade nos deixa vulneráveis aos ataques do inimigo. A proteção está em combater, confiando e contando com a graça Daquele que convocou.
O orgulho, a soberba, é um grande perigo, principalmente, para aqueles que estão no caminho de Deus. O demônio tenta e arma armadilhas para que os escolhidos se sintam seguros e inabaláveis para assim os envolver em seu laço. Contudo, embora a queda seja dolorosa, não é tão perigosa quanto o secreto e silencioso mal da soberba que domina; porque não a conhecendo, não é possível buscar remediá-la. No entanto, descobrindo o seu mal por causa da queda e humilhando-se perante a misericórdia de Deus, se alcança o remédio para ambos os males.

O demônio é sujo e tem tentado nos enganar. Que não saiamos da batalha e nem abaixemos a guarda. Não basta ter o desejo de ser santo, puro, casto; é preciso haver a prática das boas obras, a prontidão, a disposição para a luta e de estar em combate, para não acontecer como aconteceu com Davi; porque eu creio que, nem eu nem você é mais santo, privilegiado, ou mais forte do que ele. “Nenhum cuidado ou esforço deve ser considerado demasiado para guardar a pureza, quando se sabe estimar o seu preço, mérito e recompensa.”

 

Deus Abençoe
Fagner Mendonça

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.