Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi dado” (Rm 5, 3-5).
O que fazer quando as próprias contrariedades robustecem a esperança?
Diz São Paulo: “Gloriamo-nos nas tribulações, conhecedores como somos de que a tribulação produz a constância; esta produz a virtude a toda prova; e esta a esperança. A esperança não nos deixa confundidos”.
A esperança nunca nos confunde, mesmo quando as contrariedades lesam a vida do homem. Saiba que, em qualquer momento da vida vivemos de maneira mais sutil ou intensa um pouco da vida de Jó, provado na vida dos filhos e dos bens, abandonado pela esposa e amigos, reduzido a mais triste miséria e solidão e coberto de lepras da cabeça aos pés não negou o seu Senhor, ao contrário, permaneceu firme, na esperança. Com esta luz não é difícil intuir a necessidade e função da dor.
Considere que este “vale de lágrimas” do qual habitamos é temporário. Viva com mais liberdade o tempo presente, não se prenda às coisas passageiras, viva com os olhos para o céu.
A esperança não confunde. O amor de Deus, a Sua graça e sobretudo o Espírito Santo são o penhor da vida eterna que nos espera. Aqui está nossa maior riqueza! Nunca se tem demasiada confiança no bom Deus. Obtém-se d’Ele tanto quanto se espera. “Quanto mais a alma espera, mais alcança” São João da Cruz.
Não permita que o pecado, infidelidades e fracassos na prática das virtudes sejam causas de desânimo.
Em ação de graças, deseje para sua vida, hoje, o total abandono n’Ele.
Com carinho e orações,
Maria Rosângela da Silva Pereira