Não é difícil encontrar alguém que passa uma grande parte do tempo de braços cruzados, com os seus questionamentos e em busca de respostas para as suas frustrações.
Créditos: Daniel Mafra / cancaonova.com
O fato é que, a busca desenfreada por algo que “está fora de nós” nos leva para uma vida de superficialidades, seja nos relacionamentos, ou consigo mesmo, o medo de nos depararmos com nossa verdade nos deixa apáticos.
Lembremos que, no silêncio, Deus está.
“Sua luta silenciosa faz barulho nos céus. Descanse, confia em Deus e Ele virá em teu socorro”. Já nos disse São Pio de Pietrelcina. Não tenha medo do silêncio, encontre descanso no sentido da sua própria vida porque toda e qualquer circunstância deve levá-lo a um posicionamento. Assuma o ato heroico.
Eu me lembro de um fato contado pelos padres do deserto: conta-se que, alguns jovens estudantes procuram a “verdade desejada”, expõem seu desejo a um certo monge que os escuta, cala-se por uns instantes e, colocando água numa jarra, pede que os jovens olhem para dentro dela.
Os jovens não viram imagem nenhuma porque a água ainda se encontrava em movimento. Depois de um tempo, mandou que reparassem novamente no interior do vaso e disse: “Agora, que a água se aquietou, olhem outra vez para dentro do vaso”. Então, eles puderam ver os seus próprios semblantes refletidos na água, como se estivessem diante de um espelho. O monge continuou: “O mesmo acontece àquele que se encontra no meio da agitação: por causa da sua inquietação e balbúrdia, não consegue enxergar a verdade. Entretanto, aquele que se mantém em silêncio e no recolhimento não demora em ver o seu rosto interior, as suas limitações e pecados, e é ali que também enxerga o rosto de Deus”.
É no silêncio e no recolhimento que seu coração se aquieta e não mais perderá tempo em busca de respostas. Ele dará o que pede teu coração.
Com carinho e orações,
Maria Rosangela Pereira.
