“Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer” (São Lucas, 17, 10).
Esta é uma ordem difícil de viver. Na maioria das vezes, quando fizemos algo bem feito e cumprimos o nosso dever, buscamos reconhecimento e elogios. Queremos ser notados. Embora isso possa ser uma reação “normal”, não é a reação mais humilde. A humildade vem em muitos graus, e o grau mais profundo de humildade permite que uma pessoa repita a passagem acima e seja sincera.
Buscar a vontade de Deus
Primeiro, devemos perceber que a vontade de Deus é boa para nós. Impõe-nos uma obrigação de amor. Quando cumprimos a vontade de Deus, devemos nos deleitar apenas com esse fato, porque é bom. Dessa forma, o cumprimento da vontade de Deus se torna a fonte de nossa alegria, não o reconhecimento dos outros.
O reconhecimento da bondade de Deus
Por outro lado, é bom quando vemos bondade nos outros e a reconhecemos. Devemos fazer isso não para construir o ego deles, mas para louvar a Deus pela boa coisa feita. E, quando os outros veem e reconhecem a vontade de Deus realizada em nossa vida, devemos aceitar seu louvor, não como fonte de nosso orgulho, mas como um reconhecimento honesto de que Deus é bom e Sua vontade está sendo cumprida. Devemos ser gratos por podermos fazer “o que devíamos fazer”.
Abraçar a vontade de Deus como uma “obrigação” santa também nos permite cumpri-la mais plenamente. Quando fazer a vontade de Deus é visto como algo extraordinário, podemos não construir o hábito adequado de cumpri-la, mas quando é visto como nosso dever de amor e como o ato normal que devemos cumprir, é mais fácil abraçar a Sua vontade mais completamente.