É de livre e espontânea vontade que o fazeis? Ao questionar sobre a natureza dessa decisão, devemos considerar que a liberdade de escolha é uma dádiva conferida aos seres humanos, a faculdade de tomar decisões e trilhar por nossos próprios passos.
O matrimônio, sublime instituição divina que une duas almas em uma só jornada, é uma escolha irrevogavelmente pessoal, que demanda reflexão e discernimento.
Com efeito, ao examinar o matrimônio, somos convidados a mergulhar nas profundezas das Sagradas Escrituras. No livro de Gênesis, capítulo 2, versículo 24, encontramos uma passagem que lança luz sobre esse tema: “Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne”. A partir desta referência bíblica, podemos inferir que Deus, em Sua infinita sabedoria, conferiu ao ser humano a liberdade de escolher a companhia com a qual deseja compartilhar a jornada da vida.
No entanto, é importante ressaltar que, embora a decisão de entrar no matrimônio seja livre, não devemos negligenciar a necessidade de sabedoria e discernimento.
É de livre e espontânea vontade que o fazeis? A vida a dois requer dedicação, paciência, compreensão mútua e renúncias. Devemos levar em consideração valores, objetivos, sonhos e perspectivas em comum para construir uma base sólida e duradoura.
É de livre e espontânea vontade que o fazeis?
É importante lembrar que a liberdade de escolha se alia ao respeito mútuo e à busca pelo bem-estar do cônjuge. Amar e ser amado é uma responsabilidade que deve ser vivenciada com amor incondicional e comprometimento. Afinal, o matrimônio não é apenas uma união de corpos, mas uma comunhão de almas, uma parceria que deve ser cultivada diariamente através do diálogo, apoio mútuo e amor inabalável.
Ao escrever sobre o matrimônio, é impossível ignorar as nuances, sacrifícios e alegrias que estão intrinsecamente entrelaçadas nessa promessa solene. Ao fazê-lo, reconhecemos a liberdade que Deus nos concede de escolhermos nossa companhia, mas também a responsabilidade de cultivar esse relacionamento ao longo do tempo. É preciso embasar essas escolhas não somente na paixão momentânea, mas também na maturidade emocional e espiritual.
O matrimônio no plano de Deus
Concluo, portanto, que o matrimônio é, sim, uma escolha feita de liberdade de escolha. É um ato de amor, comprometimento e mútua renúncia. Ao desvelar os mistérios dessa jornada emblemática, devemos sempre buscar a orientação divina e a sabedoria para trilhar caminhos de amor e respeito, honrando a vontade de Deus em nossa vida.
É de livre e espontânea vontade que o fazeis? Que cada alma, ao enveredar pelos vales do matrimônio, possa encontrar paz e plenitude nesta sublime união, lembrando-se sempre da importância de escolher sabiamente, amar com entrega total e cultivar diariamente o amor que os une.
“Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”. (Mt 19,6)
Deus abençoe você!
Seu irmão,
Jonatas Passos