Dois olhares que se encontram

Dois olhares que se encontram. Duas vidas entregues à vontade do Pai. São os olhares de Jesus para Maria e dela para Jesus. Uma intimidade entre o Verbo de Deus encarnado e a criatura perfeita e mais bela da Trindade, a mãe de Jesus e nossa mãe. Ao mesmo tempo, Sua primeira discípula, a cristã por excelência. Dois olhares que se encontram no calvário e na ressurreição.

Dois olhares que se encontram

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O Cristo nos ama e salva

“Não foi a morte que nos salvou, mas a vontade de quem morria.” (São Bernardo)

Ele nos ama e nos salva. Ela o segue, o apoia na cruz e o contempla ressuscitado e glorioso. Além disso, Ela ensina os Seus discípulos, por Sua oração, Sua palavra e por Seu exemplo, a permanecer firme, mesmo nas perseguições e dificuldades (cf. At 1, 14). E como estas realidades seriam visíveis na história da Igreja, com o martírio de tantos e tantas por causa do Nome de Jesus, e ainda mais nos dias de hoje.

“Uma espada transpassará tua alma.” (Lc 2, 35)

A espada que transpassa o coração de Maria também acontece no calvário de tantos fiéis que se esforçam por seguir o Cristo, mas também por aqueles que renegam Jesus, se afastam e se entregam à vida sem Deus. Mas, também por estes, Ela permanece de pé, dando força, amando e esperando a vitória: E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Cléofas e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo, 19, 25-27)

Dois olhares que se encontram

Jesus apresenta a Virgem Maria como modelo e mestra para cada um de nós. Ela nos conduz até Ele e cuida de nós até que Ele venha na Sua segunda vinda gloriosa. A Sua vontade é toda de Deus, que, por vontade própria, se entregou por cada um de nós. Dois olhares que eternamente se encontram, que se amam e que transbordam de ternura e de cuidado por todos os viventes.

“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” (Ap 12, 1)

Dois olhares que se encontram no Calvário e na Ressurreição. Eles se olham constantemente no Céu e voltam os Seus olhares para cada um nós cotidianamente, para que contemplemos, um dia, no último dia, no dia final por excelência, a felicidade que reservada a cada um de nós.

“E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.” (Ap 22,17)

Tarciana Matos Barreto
Comunidade Canção Nova

Tarciana Matos