Do que você realmente precisa?

Do que você realmente precisa? A essa pergunta trago o que disse Santo Agostinho — doutor da Igreja e grande filósofo —, ao fazer uma experiência profunda com Deus, em seu interior, disse: “Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em Ti” (Santo Agostinho, Confissões).

Do que você realmente precisa?

Créditos gettyImagens _ Charday Penn

Se hoje temos a vantagem de encontrar tudo sobre qualquer assunto na internet, Agostinho tinha a vantagem de ter mais tempo, menos barulho e distrações para fazer reflexões profundas. Essa afirmação não saiu apressadamente do seu coração para o papel, mas foi fruto de oração, reflexão, escuta interior, discernimento.

Do que você realmente precisa?

Em nosso tempo marcado, entre outras coisas, pela velocidade e instantaneidade das informações, muitas coisas podem chamar a nossa atenção. Os influencers se multiplicaram aos milhões. Nas redes sociais, mesmo que você não os procure, eles surgem em sua timeline.

Sugestões do algoritmo de acordo com o seu interesse, dizem. Mas do que realmente e verdadeiramente você precisa? Você costuma se fazer essa pergunta? O algoritmo e as redes sociais dificilmente te farão essa pergunta e, ainda que fizessem, essa resposta só você pode encontrar.

Como reconhecer o que você realmente precisa?

“Examinai tudo: abraçai o que é bom”, assim nos exorta São Paulo, na 1ª carta aos Tessalonicenses 5, 21Para descobrir o que você precisa é preciso, antes de escutar a si mesmo, encontrar-se com Deus, seu criador, e estar com Ele. O bom é saber — e se você não sabia, fique sabendo —, que Deus está à sua procura. Ele tomou essa iniciativa.

E onde Ele te procura? Dentro de você mesmo. No seu interior. O nosso interior é o lugar mais privilegiado para encontrarmos com Deus. Por mais belo e importante que seja um lugar deste mundo, nenhum é mais importante do que o seu interior para encontrar-se com Deus.

Foi isso que Jesus disse à Samaritana, à beira do Poço de Jacó: “Mulher, acredi­ta-me, vem a hora em que não adorareis o Pai, nem neste monte nem em Jerusalém. (…) Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja” (Jo 4, 20;23).

Deus está à sua espera

Neste tempo, o desafio está diante de nós, é ir contra a correnteza… A correnteza do turbilhão de informações, notícias, novidades. É preciso uma postura ativa para deixar as distrações e entrar em si mesmo, onde Deus está escondido e esperando por nós.

Se fizermos esta experiência e criarmos um laço de amizade com Deus, essa verdade de Santo Agostinho não será uma frase bonita que vemos nas redes sociais, mas uma verdade que experimentaremos.

Do que você realmente precisa?

Seu irmão,

Deividson Francisco

 

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Deividson Francisco