No meu condomínio, os recipientes coletores de lixo orgânico e reciclável ficam numa salinha ao lado da portaria. Para chegar lá, eu preciso subir a rua, virar à direita, subir alguns degraus para depositar os meus sacos de lixo. Às vezes, por esquecimento ou desânimo de subir a rua, eu postergo o descarte do lixo, que fica uma pouco mais em casa, ainda que acondicionado, mas que acaba exalando um cheiro desagradável e atraindo insetos.
Certo dia, subindo com o lixo, eu ia pensando em como, por várias razões, deixamos de descartar o nosso “lixo interior” e o acumulamos dentro de nós. Até mesmo o lixo descartável, que é mais limpo, incomoda, pois ocupa espaço. Acontece o mesmo dentro de nós: todo tipo de lixo que se acumula vai gerando caos. E, de repente, nem a gente mesma se acha no meio da confusão.
Para que o nosso espaço interior esteja limpo e arejado, iluminado, com cheirinho de limpeza, nada de ficar adiando aquela ida ao sacerdote, ao diretor espiritual, àquela pessoa que vai orar pela nossa cura interior, àquele amigo bom de ouvido e de ombro. E uma vez que a casa já esteja limpa e arrumada, ocupe este espaço imediatamente com o que é bom e santo, para não acontecer de o lixo anterior retomar o seu lugar.
Deixemos que o Espírito Santo ocupe o lugar, que é d’Ele no nosso coração, para que só permaneçam coisas boas.
Maria Helena Barbosa
Segundo elo da Comunidade Canção Nova, da Frente de Missão de São José dos Campos, SP