Deixe a luz do céu entrar. Um pedido que gera conversão, pois essa luz é o próprio Cristo. E Ele mesmo, no Evangelho de São João, se revela: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12). Sendo assim, Jesus, entrando em nossa vida, muda toda e qualquer realidade, quando, de fato, abrimos o nosso coração.
Necessitamos da luz de Cristo!
O homem traz em si um profundo desejo de estabelecer um relacionamento com Deus. O homem tem sede, precisa, necessita ouvir e sentir a presença do Seu criador.
Em Lucas está escrito: “Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar. Terminando a oração, disse-lhe um de seus discípulos: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos” (Lc 11,1); aqui podemos observar que os discípulos de Jesus pedem que Ele os ensine a rezar, deixando claro que eles traziam esse desejo, necessidade de estar em comunhão com o Pai.
O encontro com a luz lança fora toda escuridão!
Quando nos aproximamos de Jesus, Ele nos revela quem somos a partir desse encontro. Que lindo mistério de amor, quanto mais me aproximo do Cristo, Ele ilumina a escuridão de minha existência. Ele é o sol! E, quando abrimos as portas de nosso coração, tudo fica repleto de luz, de vida.
A escuridão de nossa existência vem do pecado que habita em nós, que insiste em nos manter longe da luz, longe do sol. O pecado provoca em todos nós um sentimento de distanciamento, de afastamento do Criador, mas, no fundo, a alma clama por abrigo e socorro.
Abra bem as portas do seu coração!
Não sei como se encontra o seu interior, a sua vida, mas te faço um pedido: deixe a luz do céu entrar! Abra as portas e janelas, deixe Ele fazer novas todas as coisas. Deixar a luz do céu entrar é caminhar com Jesus, na dependência d’Ele, rezando e desejando o Senhor acima de todas as coisas.
Quando retomamos esse caminho de comunhão, Ele nos sustenta, trazendo alegria paz e equilíbrio. A experiência de comunhão com o Cristo revela quem eu sou, como estou, e isso é desafiador — me deparar com minhas limitações e mazelas —, mas, ao mesmo tempo, é maravilhoso perceber que, apesar de mim, Jesus me ama a ponto de revelar que o meu pior não é nada diante da Sua misericórdia e compaixão, que me liberta e me faz dizer: “Sou amado!”.
Aproximemo-nos do Senhor, deixemo-nos ser conquistados por Ele, porque somos necessitados, dependentes de que essa luz entre em nossa vida e ilumine os lugares escuros e sem vida de nossa alma.
Deixe a luz do céu entrar!
Façamos esse exercício agora! Se, for o caso, abra as portas de sua casa física, mas principalmente o seu coração, e permita que esse amor lance fora todo o medo, amargura, solidão, tristeza, desilusão… E deixe luz do céu entrar!
Seu irmão,
Renilson Gois.