Como alimentar a virtude da esperança?

Responder a essa questão nos remete primeiramente àquilo que a esperança é: uma virtude teologal por meio da qual ansiamos pelo Reino dos Céus e pela Vida Eterna como nossa felicidade. Assim, fica claro entender que, para alimentar essa virtude, temos que buscar tudo aquilo que nos leva para Deus. 

O que pode alimentar mais nossa esperança do que o próprio Deus?

De fato, é uma virtude infusa em nós pelo próprio Deus e seu fim último é Deus.  Por isso, o encontro com Cristo é imprescindível. Quem espera n’Ele vive de forma diferente, pois foi-lhe dada uma vida nova.

Para alimentar essaa virtude, o saudoso Papa Bento XVI indica quatro “lugares” de aprendizagem e de exercício dessa virtude: a oração, o agir e o sofrimento – ambos vividos unidos a Cristo –, e o Juízo de Deus. Ele explica um importante princípio para alimentar essa virtude: que, assim como a virtude da fé e da caridade, a esperança não é egoísta (Cf. 1 Cor 13). Somos chamados a alimentar a fé e a esperança uns dos outros (Spe Salvis, 2007, n. 13-48).  

Ninguém se salva sozinho!

Do mesmo modo, o Papa Francisco nos fala que, para alimentar a esperança cristã, temos que viver num “corpo solidário”, a Igreja. “Esperamos, porque nos ensinaram a esperar e mantiveram viva a nossa esperança” (cf. Tess 5,4-11). Essa virtude é alimentada por um “sopro vital”; a alma disto é o Espírito Santo. Sem o Espírito Santo, não há esperança. Ele é quem molda as nossas comunidades, num Pentecostes perene, como sinais vivos de esperança para a família humana”, conclui o Papa (Audiência Geral, 08 de fevereiro de 2017).

Nesse ano jubilar, peçamos à Virgem Maria, que possamos, com a graça do Espírito Santo, alimentar a virtude da esperança, vivendo o amor fraterno em comunidade e, assim, esperar a vinda gloriosa do Senhor!

De sua irmã em Cristo,

Rosa Cruvinel.

Rosa Maria Dilelli Cruvinel