Com um coração de pai, José amou exclusivamente Jesus e a Virgem Maria, colocando-se inteiramente a serviço do plano de salvação. Em seu peito bateu um coração de pai amoroso, terno, humilde, justo, obediente, acolhedor, corajoso e trabalhador.
Com um coração de pai, cumpridor da vontade de Deus, pouco se falou nos evangelhos sobre José. Dele mesmo não se tem uma só palavra, mas, por meio de quatro sonhos (Mt 1,20; 2,13.19.22), viu-se a prontidão em tomar para si os bens mais preciosos de nossa fé e partir para protegê-los.
Às vezes, me pego questionando se estou realmente protegendo com todas as minhas forças o Menino Jesus e Sua Mãe que estão sob os meus cuidados.
Com um coração de pai
“Não se nasce pai, torna-se pai”. Ser pai não é somente gerar uma vida ou colocá-la no mundo, e sim quando se assume a responsabilidade por uma vida. Ao introduzir o filho na experiência da vida, o coração do pai exerce sua paternidade, tornando o filho capaz de fazer escolhas, de ser livre e partir. Um dos maiores medos de um pai, se não o maior, é ver seus filhos perdidos.
A perda de Jesus
Quando Jesus completou os doze anos, a Sagrada Família foi a Jerusalém para celebrar a Páscoa. Terminando as cerimônias, por desígnios da divina providência, São José partiu com a caravana dos homens, a Virgem Maria com as das mulheres, e Jesus permaneceu na cidade. Depois de um dia de viagem, perceberam a perda (cf. Lc 2,41-45). São José e a Virgem Maria passaram um dia à procura de Jesus, eles haviam perdido o Filho de Deus.
Como podemos traduzir os sentimentos do coração de um pai que perde seu filho? As dores que São José e Nossa Senhora sentiram naquele momento, segundo a revelação à mística Jeanne-Bénigne Gojoz, se deram de tal forma que, sem o auxílio secreto de Cristo, não poderiam sobreviver. No terceiro dia, semelhante à ressurreição, Jesus é encontrado (cf. Lc 2,46).
Pai trabalhador
Uma característica paterna é ser o provedor das necessidades da família, mas quantos, hoje, vivem a angústia por não conseguirem. São José foi um homem marcado pelo trabalho e pelas muitas adaptações. A pessoa que trabalha, seja qual for a tarefa, colabora com o próprio Deus, tornando-se também criadora do mundo que a rodeia. Cada vez que São José se adaptava aos novos desafios e exercia o seu serviço justo, participava não somente da educação do Menino Deus, mas da criação do seu mundo à luz de sua paternidade.
São José é um modelo para todos os homens, pais, trabalhadores etc.. São muitos os “Josés” que podemos reconhecer dessa forma, com as características deste grande e humilde santo, apresentam-se com o coração de pai. São José nos faz recordar que todos os que estão, aparentemente, escondidos ou até mesmo em segundo plano, tem evidência inigualável na história da salvação.
São José, valei-nos!
Seu irmão,
Thiago Teodoro
@thiago_teo
Comunidade Canção Nova