Chorar os próprios pecados é uma graça que não podemos desperdiçar, pois aquele que as derrama o faz porque ama a Deus, mesmo na sua imperfeição.
Quando nos arrependemos por termos pecado, devemos procurar o sacramento da confissão, e lá acusar-nos dos erros que cometemos diante do justo juiz. No entanto, nem sempre esse arrependimento gera em nós uma profunda contrição ou um movimento interior de humilde piedade e reconhecimento do quão miseráveis somos.
Quando, no entanto, isso acontece em nosso interior, já saímos do confessionário capazes de restabelecer metas de uma correção de atitudes que nos levaram à queda.
Mas e se quando fizermos nosso exame de consciência, formos iluminados de tal maneira pela graça de Deus, que nosso interior encontre a verdade da gravidade da ofensa que cometemos com o grande amor de nossas vidas? Conteríamos as lágrimas de nosso profundo arrependimento? Não lágrimas de remorso, como se elas pudessem, por mais que fossem derramadas, reverter o que fizemos, mas lágrimas de profunda gratidão, pois apesar de tão grande mal, o Senhor tudo apagou com Seu amor misericordioso!
Quando essa graça o alcançar, chore os próprios pecados, pois essas lágrimas molharão a terra seca de sua alma e a farão fértil novamente.
Deus o abençoe!
Jarles Pereira