Cantar o nosso Magnificat com Maria é fazer como Isabel que, ao encontrá-la, exclamou em voz alta os feitos do Senhor na sua vida. “… Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra
em Deus, meu Salvador…” (Lc 1,46-47)
É incrível o poder que tem o louvor, pois fez Isabel não se deter em lamentações da sua história de vida, mas exprimir, de coração, um canto de libertação: Com um grande grito exclamou: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre!” (Lc 1,42)
Cantar o nosso Magnificat com Maria é reconhecer, confirmar e expressar com a boca de modo concreto o que está impresso na alma: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu” (Lc 1,45).
É cantar a vida mesmo diante dos infortúnios, é fazer a leitura de que os desafios sempre têm algo a nos dizer e a nos ensinar, e neles todos Deus se manifesta, pois não nos deixa jamais.
Cantar o nosso Magnificat com Maria é recordar o sofrimento do povo de Israel que esperava por libertação, e que Jesus é o cumprimento da promessa do Pai: “O povo que andava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz” (Is 9,2).
Somos convidados a deixar para trás as coisas ruins que experimentamos, e ver que com elas, na lei do Reino de Deus, na esfera espiritual, nós ganhamos, saímos melhores, aprendemos e acumulamos tesouros no céu. Desse modo, como Isabel e Maria, cultivamos em nós o sentimento de gratidão.
Cantar o nosso Magnificat com Maria
Cantar o nosso Magnificat com Maria é fazer a experiência como elas ao se encontrarem, levam e recebem a alegria uma à outra. Disse Isabel: “ … a criança saltou de alegria no meu ventre” (Lc 1,44). “Maria disse: ‘… meu espírito se alegra em Deus, meu salvador” (Lc 1,46-47).
Notamos que, no texto bíblico, elas falam da bondade de Deus, que permanece fiel ao Seu povo. Maria e Isabel nos ensinam que, em cada acontecimento, está a Providência Divina, e nada acontece por acaso, mas que são como a prova do amor e da predileção de Deus por elas.
Peçamos a Maria que nos dê a sua própria graça e desbloqueie dentro de nós todas as coisas indigestas que vivemos, para que também nós possamos cantar o nosso Magnificat.
Nilza Maia
Comunidade Canção Nova