Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! 

Quando falamos em sermos mansos, podemo-nos enganar, pensando que ser manso é não ficar bravo ou nervoso. Na verdade, ser manso e ter fé e confiança para entregar tudo nas mãos de Deus, é ser humilde, obediente e amoroso.

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Jesus é para nós o maior exemplo de mansidão e de docilidade, pois, mesmo sofrendo de todas as formas, ele permaneceu manso. Ao mesmo tempo em que ser manso é ser dócil, ser manso também é ter discernimento, ser sábio, uma vez que a mansidão gera força, inteligência, temperança e firmeza nas decisões e na lida com as realidades da vida.

Ser manso é uma decisão!

Quem é manso traz em si a paz, porque acredita em Deus e nele se refugia em todas as situações que vive. O manso de coração tem a capacidade de fazer tudo com amor, porque a decisão de agir com tranquilidade habita nele, pois sabe que, apoiado em Deus, jamais se inquieta, e faz o que pode, focado em ser sinal de paz, de descanso. Para sermos pessoas mais equilibradas, que vivem a mansidão, temos que caminhar no exercício de pensar antes de falar, de ouvir para entender o que está acontecendo, de calar, de ter compaixão, ou seja, para ser manso, precisamos querer mudar de vida, pois é uma questão de decisão, já que o evangelho nos garante que quem busca viver a mansidão é um bem-aventurado diante de Deus:

“Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra” (Mt 5,4). 

Somos convidados à mansidão!

Sim, podemos ser mansos! Podemos ser mansos quando nos tornamos pessoas mais gentis, educadas, cuidadosas e empáticas, evitando gritar, brigar, utilizando-nos mais do silêncio, da busca por compreensão, para sempre nos abrirmos ao diálogo, para assim usarmos de caridade e de respeito com o próximo.

Isso é possível quando tomamos a decisão de sermos mansos, buscando uma vida de intimidade com Cristo, a fonte da mansidão. Ser manso não significa ser fraco; ao contrário, é uma virtude divina, pois Deus, sendo todo-poderoso, é manso também.

O convite que recebemos e de buscarmos ser pessoas melhores, mais de Deus, justas e equilibradas em nossos relacionamentos, na forma como vivemos. E, para isso ocorrer, é necessário termos mansidão, sermos pessoas de paz, de compreensão e de docilidade.