Assumir a pobreza evangélica

Assumir a pobreza evangélica é fixar o olhar no Senhor para não sermos levados pela cobiça, uma vez que as coisas do mundo tendem ao fascínio que nos escraviza, a ponto de os preferir no lugar de Deus.

A pobreza evangélica

Crédito: PeteWill by GettyImages

Um dia, um escriba, aproximando-se de Jesus, disse-lhe: Nisso aproximou-se dele um escriba e lhe disse: “Mestre, eu te seguirei para onde quer que fores”. Respondeu Jesus: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça” (Mt 8,19-20).

A gratidão é grande sinal de pobreza evangélica

Jesus não promete honras e riquezas aos que O querem seguir, mas põe à Sua frente o Seu testemunho extremamente pobre e privado do menor conforto.

De fato, quem não estiver disposto a partilhar com Ele, pelo menor em certa medida a Sua pobreza terrena, não poderá participar das riquezas celestes.

Todos nós, ainda que de maneira diferente ao seu estado de vida, com gratidão somos chamados a seguir a Cristo — pobre humilde e levado a cruz —, a fim de serem participantes da sua glória.

Assumir a pobreza evangélica

A pobreza nos livra dos apegos excessivos às riquezas, apontado pelo Senhor como um sério impedimento à salvação eterna: “Ninguém pode servir a dois senhores”. 

No entanto, não é a pobreza material em si o que salva o homem, ela não tem força suficiente para libertar da escravidão do dinheiro, se não estiver acompanhada e completada pela pobreza espiritual, ou seja, da pobreza, do afeto dos desejos e das ansiedades pelos bens passageiros.

São João da Cruz ensina que “só essa pobreza livra o homem de tais apegos. A mera privação das coisas não despe a alma, se delas se tem apetite; senão da desnudez do gesto e apetite das mesmas, pois é o que deixa a alma livre e vazia delas, mesmo que as tenha”.       

As coisas deste mundo não ocupam a alma do discípulo de Cristo

A pobreza material é o meio para chegar às privações e às austeridades: o discípulo de Cristo não pode ter apegos. Aquele que, depois de ter renunciado a alguma coisa, continua a alimentar o seu desejo por ela, terá sempre o seu coração dividido. 

Comprometa-se em viver e assumir a pobreza evangélica, transbordando-a para o seu semelhante e não olhe para trás!

De fato, não temos onde reclinar a cabeça. O Senhor nos guia e orienta por um caminho “sempre seguro”.

Você está disposto?

Maria Rosângela Pereira

Comunidade Canção Nova

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Maria Rosangela Pereira