Tudo começa pela aceitação: um passo para a cura. De fato, o caminho da cura deve ser trilhado por meio de várias práticas e possibilidades. Uma delas é efetivamente o desejo de buscar ajuda e ser apoiado das mais diversas formas possíveis.
Do ponto de vista emocional, psicológico, a aceitação é uma importante condição de mudança de vida em nossa realidade. A aceitação, ao contrário do que possamos pensar, não é um processo passivo, de imobilidade. Pelo contrário, aceitando, damos um passo efetivo ao encontro de um novo caminho para uma situação que, a princípio, parece não ter saída.
Reforço ainda a importância de citar que aceitar é um processo ativo, de não julgamento, em que não devemos nos esquivar da situação, e sim aceitar os sentimentos, emoções e experiências que tal situação traz consigo.
Explicando de forma prática: sei que uma situação em minha saúde precisa ser acompanhada. Tenho um histórico familiar e, mesmo assim, não quero fazer exames ou ir ao médico, por medo que o médico descubra “algo”.
Aceitação: um passo para a cura
Ao querer evitar tal medo, a angústia apenas aumenta, pois sempre terei a preocupação rondando em minha cabeça, ou seja, terei dois problemas: evitar o problema, não ter certeza se tenho algo e viver rodeado da expectativa de estar doente. Bem, você pode se perguntar: “Elaine, e se eu descobrir algo?”.
Se você descobrir, irá tratar. “Mas, Elaine, e se for grave?”… Se for grave você terá tempo para organizar a sua vida e fazer desse tempo o melhor tempo possível. Parece ser racional demais, mas é dessa forma que trazemos as dificuldades para a terra firme e agimos sobre elas.
As experiências desagradáveis da vida, sejam elas nos relacionamentos, trabalho, vida afetiva, saúde, nos grupos da igreja, no perdão das coisas que vivemos, precisam passar por tal aceitação para que alguma coisa possa ser feita.
Não se trata apenas de um achismo: pesquisas no campo da psicologia converteram tais experimentos em uma linha de psicoterapia que aborda exatamente essa realidade. O sofrimento vivido pelos seres humanos é, muitas vezes, originado da “fuga de experiências internas aversivas e distanciamento de seus valores, com tentativas de controlar sensações, pensamentos ou emoções” (Hayes, S.).
Em resumo: quanto mais fugimos, mais sofremos. Portanto, quer dar um passo para a cura? “Espero em vosso socorro, Senhor!” (Gen 49,18).
Vá ao encontro da situação que você precisa resolver. Pode parecer difícil, mas, na verdade, é bastante libertador e fará com que você possa crescer em todos os campos de sua vida.
Pense nisso e espalhe essa mensagem para as pessoas que você conhece e que de alguma forma precisam de ajuda!
Um abraço fraterno!
Elaine Ribeiro