A raiva representa até onde as coisas podem ir

A raiva representa até onde as coisas podem ir, se nunca a sentimos é sinal de que já morremos

A raiva nem sempre é negativa, escutamos muitas vezes na infância: “Engole o choro! Homem não chora”. Ou para as meninas: “Você é uma manteiga derretida. Sensível demais, qualquer coisa chora”. O choro, muitas vezes, é a maneira de extravasar a raiva sentida. A criança ou adolescente, não sabe o porquê está daquele jeito. Até muitos adultos, não sabem dar nome ao que está sentindo. Quando damos o nome, dominamos a situação que nos aprisiona no sofrimento latente.

Uma das melhores maneiras de coloca-la para fora é chorando, e ela pode vir por mil motivos. O que não pode acontecer é falar que a pessoa é proibida de sentir a raiva num momento absurdo da vida. Apelando para um discurso, “cristão desencarnado”, fora da realidade. Vemos isso na Sagrada Escritura, que Jesus teve Seu acesso de raiva, quando expulsou os vendilhões do templo (Mt 21,12). Diferente da nossa, que é bem desmedida, Cristo nos ensina a não nos calarmos diante de alguma injustiça. O “chicote” d’Ele é antes para o nosso bem, do que qualquer outra coisa.

A raiva representa para nós até onde as coisas podem ir, se nunca a sentimos é sinal de que já morremos, porque só um defunto não sente raiva. Já o ódio mortal, que nos leva a vingança, também não é essa a ideia, o fato é que precisamos ter um discernimento apurado, para saber agir corretamente sem machucar os outros, e expor o nosso ponto de vista, isso sem acumular para depois falar.

Deus abençoe você,
Rafael Flauzino.

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Rafael Flauzino