A perseverança e a formação dos filhos

A perseverança e a formação dos filhos é um tema que podemos e devemos abordar em uma época onde é tão mais prático evitar o sofrimento, a dor, a dificuldade… E acabamos por abandonar aquilo que não nos é muito agradável fazer ou tocar.

A perseverança e a formação dos filhos

Créditos: Zarina Lukash / GettyImagens

Um dos primeiros pontos é que a perseverança e a formação dos filhos fazem parte de um conjunto de habilidades e virtudes que vão sendo construídas no desenvolvimento dos filhos, mas que passam pela nossa formação e nossa identificação e empenho.

O próprio Catecismo da Igreja Católica nos relembra que a conquista das virtudes se dá por três caminhos: pela educação, por atos deliberados e por uma perseverança sempre retomada com esforço (cf. n. 1810). “Não há perseverança em quem desiste ou interrompe o esforço antes de chegar ao fim. É preciso continuar para perseverar”.

A perseverança e a formação dos filhos

Ensinamos nossos filhos na perseverança quando: ao fazerem as tarefas escolas, eles cheguem até o fim. Não são poucos os pais que fazem as tarefas no lugar dos filhos. O que ensinamos a eles? Que eu não preciso me esforçar e perseverar porque alguém aliviará minha barra e fará por mim. Mas, no mundo, as coisas não são bem assim e, agindo assim, começamos a não ensinar nossos filhos que devem perseverar, errar, fazer de novo, fazer com atenção e com zelo e, acima de tudo, ter a responsabilidade sobre aquilo que lhe foi confiado. Ou seja, colaboraremos para uma baixa tolerância à frustração dos pequenos.

A essa virtude, ensinada desde pequenos aos filhos, ressalta que não devemos entregar tudo de “mão beijada”. É no esforço aplicado que também damos para nossos filhos o caminho da  autoestima e autoimagem positiva, por conseguirem, com seus méritos, vencer um jogo, ter uma boa nota nas provas e trabalhos, tocar um instrumento musical, mesmo que para tudo isso necessitem repetir, estudar, treinar.

É claro que o incentivo dos pais é importante. E, da mesma forma, é importante que possamos repensar o “como” anda a nossa perseverança e qual exemplo temos dado aos nossos filhos.

Que possamos ser o incentivo aos filhos para que eles se empenhem, se esforcem para alcançar seus objetivos e que tal esforço seja aplicado em todos os campos de sua vida presente e futura, seja na vida pessoal, afetiva, social, escolar ou profissional. Quem nunca caiu de bicicleta e se arranhou todo ao aprender as primeiras pedaladas? Cair, levantar, limpar os machucados e começar tudo de novo.

É na perseverança do recomeçar que mora a alegria de conquistar!

“Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas” (Sl 126,3).

Um abraço fraterno!

Elaine Ribeiro, psicóloga

Instagram: @elaineribeiro_psicologa

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Elaine Ribeiro dos Santos