A oração nos leva para o Céu
A oração nos leva para o céu. É o meio pelo qual nos encontramos com o Senhor, pois Deus está muito perto dos que confiantemente o invocam (cf. Sl 114,18). Quando rezamos, nos unimos a Deus.
Para encontrá-Lo, não precisamos procurá-Lo em lugares distantes.
Nossa alma se alegra ao invocar o nome de Jesus, pois encontramos o caminho, a verdade e a vida (cf Jo 14.6), e ninguém vai ao Pai senão por seu Filho (cf. Jo 14,6).
Quando O procuramos na oração, andamos pelo caminho por onde queremos ir, encontramos a verdade que queremos chegar e alcançamos a vida onde queremos permanecer.
A oração é a seiva que nos alimenta
Elias foi um profeta de vida contemplativa e, ao mesmo tempo, de vida ativa. Ao final de sua existência, sob o olhar do seu discípulo Eliseu, partiu da terra numa carruagem de fogo que o levara para o céu (cf. 2 Rs 2,11-12). Elias partiu para o mesmo destino que também é o nosso: o céu! Como isso aconteceu com Elias? A oração era a seiva que alimentava constantemente o seu ser.
Vivemos momentos de oração que sentimos que nos animam, até de entusiasmo, e momentos de prece de dor, de aridez, de provações. A oração é deixar-se levar por Deus e deixar-se, inclusive, flagelar por situações difíceis e por tentações.
A prece não é um fechar-se com o Senhor para mascarar a alma: não, isto não é oração, uma oração assim é fingida. A oração é um confronto com Deus e um deixar-se enviar para servir os irmãos. A prova da oração é o amor concreto ao próximo. A oração nos leva a agir no mundo depois de termos, primeiro, silenciado e rezado. Caso contrário, a nossa ação será impulsiva, desprovida de discernimento; é um correr ofegante sem meta.
A oração é o meio para atingirmos a meta
A oração nos leva para o Céu, assim como Elias. Ao atingir o seu ápice naquela experiência extraordinária, quando Deus se manifestou a Elias no monte (cf. 1 Rs 19,9-13), Ele manifesta-se não na tempestade impetuosa, não no tremor de terra nem no fogo devorador, mas no murmúrio de uma leve brisa (v. 12). Ou melhor, num fio de silêncio sonoro. (cf. Audiência Geral de 07 de outubro de 2020, Papa Francisco). É assim que Deus se manifesta a Elias e quer se manifestar a cada um de nós; na oração, quer nos levar ao Senhor e a nós mesmos.
Elias subiu ao Céu numa carruagem de fogo, mas provavelmente isso não acontecerá conosco. Entretanto, o Senhor nos dá uma outra carruagem, a oração. Subamos nela ao encontro de Deus que nos espera. A oração nos leva para o Céu!
Seu irmão,
Thiago Teodoro
@thiago_teo
Comunidade Canção Nova