A maturidade afetiva da Virgem Maria

A maturidade afetiva da Virgem Maria consiste na vivência da Palavra que se revela no Evangelho de São Lucas: “Maria conservava essas palavras meditando em seu coração” (Lc 2,19).

A maturidade afetiva da Virgem Maria

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Desde o anúncio do Anjo Gabriel (Lc 2, 51) passando pela visita a Isabel no cântico do Magnificat até o Nascimento de Jesus, Maria soube administrar suas emoções guardando todas as coisas em seu coração. Nisto está sua maturidade afetiva: em saber guardar no coração tudo aquilo que vivia e meditar.

“Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração.” (Lc 2,51)

A maturidade afetiva da Virgem Maria

Os afetos permeiam a personalidade de Maria, como de qualquer ser humano, mas ela não se deixa levar pelos seus ímpetos, ao contrário progredia no conhecimento das profundezas do coração, aprofundava-se no mistério. Maria demorava-se amadurecendo no coração tudo o que tinha vivido e experimentado.

Ainda no Evangelho de São Lucas, no capítulo 2, 51b, a Palavra reafirma: “Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração”.

Maria também ouviu do profeta Simeão que uma espada de dor lhe transpassaria a sua alma (cf Lc 2,35), e a perda de Jesus aos doze anos na festa da Páscoa (cf Lc 2, 41-52), onde encontrou Jesus no templo entre os doutores da lei, ouvindo-os e interrogando-os sabiamente. Mesmo sem entender plenamente, Maria guardava e meditava todas essas coisas no coração. Era uma qualidade, não dos anos vividos, e sim a qualidade da vida interior que Maria viveu intensamente, pois estava mergulhada em Deus.

A maturidade cresce pela meditação

Tudo era ponderado no coração de Maria, pensado atentamente e com profundidade. E, ao tomarmos essa medida da reflexão e do silêncio, crescemos com Maria na meditação, amadurecendo afetivamente.

Padre Jonas dizia: “À noite, nossa Senhora passa corrigindo tudo o que fizemos de errado durante o dia.”

Erramos, muitas vezes, por impulso, agimos e falamos sem pensar, revelando nossa imaturidade. E Maria, como Mãe e Mestra, vem nos corrigir e ensinar esse caminho de maturidade pela meditação. Maria nos ensina a conservar no coração as experiências da vida.

Ela mesma diz em Fátima: “O meu filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.

É no coração de Maria que nossa vivência humana cristocêntrica chega à sua maturidade.

Coloquemo-nos debaixo da sua proteção no dia de hoje.

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!

Gilmara Lira

@gilmara_liracn

Comunidade Canção Nova

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Gilmara Lira