A fidelidade gera unidade

A fidelidade gera unidade a partir da decisão em sermos íntegros e comprometidos com as escolhas que fazemos. É desse laço e dessa união de respeito que podemos colher frutos de uma vida inteira e disposta a ser com o outro e para o outro. Não é apenas estar com alguém ou com alguma causa, mas acreditar e colocar nessa causa a determinação de ser verdadeiramente com ela.

A fidelidade na adversidade

Créditos: by Getty Images / SDI Productions

Característica da fidelidade

A fidelidade tem dois significados, e podemos fazer algumas reflexões sobre eles: o primeiro é a constância nos compromissos assumidos com outras pessoas, e o segundo é a característica do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito por alguém ou algo, aquele que é leal.

A fidelidade gera unidade quando estamos nas situações unidos àqueles que respeitamos, aos compromissos que assumimos, às posturas que desejamos. Desse desalento e desencontro, podemos, inclusive, nos perder em nossa vida, porque já não vivemos em consonância com o que é bom e traz vida, mas vamos machucando nossa existência com atos de infidelidade e insensatez.

Fidelidade requer paciência: paciência com o tempo do outro, com o jeito do outro, com a situação presente, com as mágoas passadas, mas especialmente com tudo aquilo de bom e de ruim que há dentro de nós: nossas birras, nossas inconsistências, nossa dificuldade em perseverar na adversidade ou de ver a ação do tempo e o plantio paciente das coisas que nascem hoje e precisam ser esperadas ao longo do tempo.

A fidelidade gera unidade

A fidelidade será intensamente testada na adversidade. É como diz Tolkien no livro ‘O senhor dos anéis’: “desleal é aquele que se despede quando o caminho escurece”.  A crise é o momento crucial que nos faz seguir ou parar, animar ou desanimar.

Um caminho firme se constrói pela prática da fidelidade: ele é sustento e estrada segura para o outro. É assim que você gostaria de ser visto? “Como dente quebrado e pé sem firmeza, assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia” (Prov 25,19), Engana-se aquele que pensa que a falta de fidelidade afeta apenas o outro, pois o primeiro prejudicado é a própria pessoa que assim age.

Como vivemos a esperança de novos dias, somos convidados a avaliar nossa vida e pensar em nossas infidelidades e as consequências delas em nossa vida.

Um abraço fraterno!

Elaine Ribeiro, psicóloga
instagram: @elaineribeiro_psicologa

Elaine Ribeiro dos Santos