Estamos na feliz expectativa do Natal do Senhor que, mais uma vez, nascerá em nossos corações. A sua primeira vinda ilumina e alimenta a esperança em Sua segunda vinda, desta vez triunfante!
A Igreja passará por uma provação final que abalará a fé dos seus fiéis (cf. 2Ts 2,3-12). Portanto, não podemos cair numa impostura anticrística de desesperança e de incredulidade nas promessas feitas pelo próprio Senhor a todos nós: “Verão o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos para reunir os seus eleitos dos quatro ventos, da extremidade da terra à extremidade do céu” (Mc13, 26-27).
Jesus voltará?
Em tempos de crise, guerra, desesperança, muitos se perguntam: Jesus voltará? Por que ainda passamos por tantos problemas, tornando-nos aquém a luz da esperança no fim do túnel? O mundo é diferente de 2000 anos atrás, aquelas promessas de Céus Novos e uma Terra Nova ainda acontecerão, mesmo depois de tanto tempo?
Nosso saudoso Monsenhor Jonas Abib, em seu livro Céus Novos e uma Terra Nova, traz claramente o propósito das demoras em Jesus voltar. Ele diz: “Por que o Senhor não apressa sua vinda? Por que não limpa logo a face da terra? A resposta é: por que Ele quer prolongar ao máximo o tempo de graça, para que ninguém se perca. Deus está retardando a sua vinda para que, neste tempo de misericórdia, todos os seus filhos se convertam e deixem de viver na corrupção deste mundo”.
Estamos na feliz expectativa do Natal
O tempo é propício para alimentarmos a esperança na misericórdia do Senhor. São Bernardo de Claraval, doutor da Igreja, em sua contemplação sobre a condição humana diante do confronto entre a justiça e misericórdia de Deus, percebeu-as da seguinte forma: “Estou perdida — diz a justiça — se Adão não for punido”. A misericórdia, ao contrário, replica: “Estou perdida, se o homem não for perdoado”. Em vista de tal contenda, o Senhor decide que, para salvar o homem réu de morte, há de morrer um inocente. Na terra, porém, não se acha um que fosse inocente. “Portanto – disse o Pai Eterno – já que entre os homens não quem possa satisfazer à Minha justiça, quem irá resgatar o homem?”. Os anjos, os querubins, os serafins, todos guardaram silêncio, ninguém responde; só responde o Verbo Eterno, que diz: “Aqui Me tens a Mim, envia-me”.
A feliz expectativa do Natal
Precisamos ler os sinais dos tempos. O Evangelho de São Lucas narra a visita do Arcanjo Gabriel que é enviado à escolhida Virgem Maria para anunciar a salvação da humanidade, em que “o seu reino não terá fim” (cf. Lc 1,26-38).
Da mesma forma que fez com a Mãe do Salvador, no fim dos tempos, o Senhor enviará seus anjos para reunir os seus eleitos. Jesus voltará! E, em Sua segunda vinda, se fará conhecido pela sua justiça, uma vez que agora é desconhecido porque usa de misericórdia.
Que a esperança de Natal do Senhor e de Sua segunda vinda esteja viva em nossos corações.
Feliz Natal, Deus lhe abençoe!
Thiago Teodoro
Comunidade Canção Nova