A caridade de Cristo nos alimenta, especialmente da fé. Ele Se entregou concretamente por cada um de nós, na Cruz. “Qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer a caridade de Cristo, que desafia todo o conhecimento.” (Ef 3, 17-18).
Nesta epístola, São Paulo diz que ora para que todos sejam robustecidos pelo Espírito Santo, para que compreendam, com todos os cristãos, “qual seja a largura”. Então, é pelo Espírito Santo que seremos capazes de adentrar no mistério da caridade de Cristo, tão grande que “desafia todo o conhecimento”.
A caridade de Cristo
Olhando para nós mesmos, percebemos que nosso amor-caridade não se compara ao de Jesus. Amamos quando convém, quando estamos de bom humor, quando ninguém nos maltrata ou nos humilha. E assim ficamos limitados por conta da nossa percepção humana para entender a caridade de Cristo uma vez que, Sua morte foi a mais contundente de todos os tempos.
Toda vida de Cristo foi vivida em vista de Sua caridade suprema: Ele se deu livremente pela humanidade, oferecendo-se em holocausto no nosso lugar. E nós merecíamos a condenação eterna.
Somos discípulos de Cristo
Jesus, está diante do Pai em atitude de amorosa submissão à Sua vontade. Ladeado por ladrões, desafiado pelos chefes do Seu próprio povo, zombado pelos pagãos, olha a humanidade com o amor mais incompreensível que já existiu: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34). Seu amor encontra eco no coração da Mãe Dolorosa, que sente, atravessada em seu Coração Imaculado, a espada de dor predita por Simeão.
Somos discípulos de Jesus, por isso, não é possível viver desconectados desta verdade. Que saibamos chorar nossos pecados para, como São Francisco, gritar para o mundo: “O Amor não é amado!”.
Que o Espírito Santo nos ajude, neste tempo da Quaresma, a buscar o amadurecimento do nosso amor para com Jesus. Pois a caridade de Cristo nos urge.
Maria Helena Barbosa
Comunidade Canção Nova