Senhor, será que sou eu?

“Senhor, será que sou eu?”: assim os doze apóstolos se questionaram na Última Ceia, quando Jesus anunciou que seria traído. No dia de hoje, a pergunta que ali ecoou deve também ecoar dentro de nós. Não com um peso de acusação, e sim com um ardor de vigilância. Humanos que somos, falhos por nosso pecado e concupiscência, somos necessitados de uma constante vigilância para não trair o Mestre, além de um perene esforço para crescer no amor a Ele.

O amor do Cristo não teve limites para a nossa salvação. Jesus se humilhou, tocou a dor, o sofrimento, o abandono, a solidão. Diante das cruzes deste tempo, vamos abraçar o mistério da Paixão ou vamos trair o Cristo, entregando-nos ao desespero e ao esfriamento da fé, num jogo de interesses em nossa espiritualidade? Para você, vale a pena ser fiel ao Mestre sempre ou seu coração é guiado pelos lucros das situações se a vida for agradável ou não?

Contemplar o Crucificado, na certeza da Ressurreição que virá, seja para nós motivo de crescer no amor ao Senhor, ainda que as circunstâncias atuais possam nos tentar para a revolta e para o desespero. Comece por passos simples e concretos, pois o amor de Deus não é distante de nós: a oração, o sorriso, a confiança de que Ele está no controle de todas as coisas, o oferecimento dos sofrimentos do cotidiano, o amor concreto aos seus familiares e aos que estão ao seu redor, o perdão, a decisão de vida nova. Deixe-se alcançar pelo amor de Deus escancarado na Cruz!

Deus abençoe,
Paulo Sérgio