Confiar passa pelo processo de aceitação daquilo que o outro é, mesmo com seus limites e defeitos
A confiança é um fruto que nasce da experiência do encontro de amor entre duas pessoas. Para confiar, é preciso encontrar-se com o outro. Quando falo do encontro, lembro-me das experiências dos encontros de Jesus com tantas pessoas: Maria Madalena, Zaqueu, Bartimeu, Pedro etc. É o encontro que nasce do “amor gratuidade”, capaz de ver a pessoa naquilo que a faz única e irrepetível.
Um encontro de amor que evoca o melhor do outro a vir para fora. Sim é verdade, o amor é a única força capaz de perceber e intuir o que o outro tem de melhor, aquilo que tantas vezes está escondido e que só quem ama é capaz de perceber.
A confiança nasce dessa relação de encontro de amor. É um encontro que nasce na oficina da vida. Jesus foi se encontrando com as pessoas no caminho. É na caminhada da nossa existência que vamos nos encontrando com as pessoas. Faz-se necessário uma abertura interior e disposição para acolher todos aqueles que a Divina Providência vai colocando do nosso lado: na família, na escola, no grupo, na comunidade, no trabalho, enfim, em todas as situações que vivenciamos.
Para confiar é necessário tempo. Na nossa comunidade, padre Jonas usa algumas palavras fortes: “… é necessário sangue, suor e lágrimas”. Não se confia em alguém de forma mágica, é preciso conhecer o outro, dar-se a conhecer. É preciso partilhar transparência, aceitação das diferenças, acolhimento e paciência. Confiar é uma conquista que exige abertura do coração. Confiar implica amar na gratuidade.
Ricardo Sá diz que, quando o amor é amadurecido, aceita a todos. Confiar passa pelo processo de aceitação daquilo que o outro é, mesmo com os seus limites e defeitos.
Deus abençoe,
Vera Lúcia Reis
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