“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados (…). Ficaram todos cheios do Espírito Santo” (At 2, 1-4).

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Essa graça derramada em Pentecostes é atual e perene na Igreja
Desde o início da criação, o Espírito Santo está presente, Ele sustenta o povo de Deus ao longo da história da salvação e se manifesta em toda a vida e missão de Jesus. Mas foi na última Ceia que Jesus revelou, em profundidade, a Pessoa e a missão do Espírito Santo (cf. Jo 16). A partir de Pentecostes, será o Espírito Santo que perpetuará de forma perene a missão de Jesus na Igreja e no mundo.
Com efeito, o Pentecostes é uma obra perene de Cristo: “Tendo entrado uma vez por todas no santuário do céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo” (CIC 667). Não há dúvida de que o Espírito Santo estava já a operar no mundo, antes que Cristo fosse glorificado. Mas foi no dia de Pentecostes que Ele desceu sobre os discípulos, a fim de permanecer com eles eternamente (cf. Jo 14, 16; At 2,1-13), explica São João Paulo II (DeV, 25).
Santa Elena Guerra, Apóstola do Espírito Santo, também dá testemunho de que a graça de Pentecostes é perene.
Assim ela escreve ao Papa Leão XIII:
O Pentecostes não terminou; de fato, é sempre Pentecostes em todos os tempos e em todos os lugares, porque o Espírito Santo deseja, ardentemente, dar-se a todos os homens, e aqueles que o desejam podem recebê-lo sempre; portanto, não temos nada a invejar dos Apóstolos e dos primeiros cristãos; nós temos que nos dispor, como eles, a receber bem o Espírito, e Ele virá a nós como veio a eles (ELENA GUERRA, 1985, p.27).
Nesse ano jubilar, em que Santa Elena Guerra foi elevada aos altares, peçamos por sua intercessão: um novo e perene Pentecostes para que se renovem a Igreja e o mundo.
De sua irmã em Cristo,
Rosa Cruvinel