“Não coloqueis nos poderosos a vossa confiança, são apenas homens nos quais não há salvação. Quando se lhe for o espírito, ele voltará ao pó, e todos os seus projetos se desvanecerão de uma só vez. Feliz aquele que tem por protetor o Deus de Jacó, que põe sua esperança no Senhor, seu Deus” (Salmo 145, 3-4).

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O saudoso Papa João Paulo II ao meditar esse Salmo fala que: “O homem encontra-se diante de uma opção radical, entre duas possibilidades opostas: por um lado, há a tentação de “confiar nos poderosos” (cf. v. 3), adotando os seus critérios (…). Há também outra possibilidade diante do homem, exaltada pelo Salmista como o caminho da confiança no Deus eterno e fiel” (JOÃO PAULO II, 2003, n. 3-4).
O conselho do Salmista:
Não coloqueis nos poderosos a vossa confiança é um alerta salutar, pois “o homem é semelhante a um edifício que se desfaz (cf. Co 12, 1-7), a uma teia de aranha que o vento pode despedaçar (cf. Job 8, 14), a um fio de relva, verdejante na aurora e seco no crepúsculo (cf. Sl 89, 5-6; 102, 15-16). Quando a morte se lhe apresenta, todos os seus projetos se dissipam e ele volta a ser pó: “Exalam o espírito e voltam ao pó, e no mesmo dia perecem os seus planos” (Sl 145, 4), explica o Papa Polaco (Idem,n.3).
Os poderosos, segundo o mundo que “só tinham projetos temporais e terrestres: unir uma propriedade a outra, acumular tesouro sobre tesouro, brilhar com as honrarias, inflar-se com seu poder. Como então eles tinham projetos assim, seus projetos se desvanecerão de uma só vez (…). Então tudo perece? Não! O Verbo de nosso Deus permanece eternamente (Isa 40,1-8). Que encanto pode ter para você a erva? Lembre-se de que a erva seca. Você não quer perecer? Una-se ao Verbo”, exortou Santo Agostinho (Sermão 363).
Monsenhor Jonas Abib nos ensinou a não colocar nossa confiança nos poderosos nem no sistema deste mundo
Assim nos advertiu: “É preciso sair do sistema do mundo. Se você entrou pelo caminho errado, pule imediatamente para fora desse sistema. Porque se Deus não for o primeiro de sua casa, de sua família, de seu casamento, nada vai sobreviver!” Como a erva logo secará!
É tempo de abrir-se à graça da salvação em Jesus: vivermos no sistema de Deus. Aquele que faz essa opção de não colocar a sua confiança nos “poderosos”, mas em confiar no Senhor colherá os frutos da felicidade que permanece.
De sua irmã em Cristo
Rosa Cruvinel