“Até quando fugirás do meu amor”?, pergunta-nos Jesus. Nesta Quaresma, somos convidados a contemplar o caminho de Jesus ao Calvário e, neste caminho, quanta dor Ele assumiu para resgatar cada um de nós em nossos limites e fraquezas! Mas será que conseguimos perceber a profundidade do Seu amor? Será que conseguimos notar que cada ferida, cada queda e cada gota do sangue derramado tem um nome e sobrenome? Sim, tem o meu e o seu nome.

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Como Bom Pastor, Ele busca cada um de nós em nossas fraquezas e limitações, e nos recolhe. Independentemente daquilo que fizemos, Ele nos recolhe e nos acolhe quando estamos dispostos e disponíveis, abertos a estender os braços a Ele. Talvez, em nosso modo egoísta de perceber as coisas, não consigamos dimensionar qual foi o preço dessa entrega nem desse convite d’Ele a cada um de nós.
Somos chamados a um sincero exame de consciência
Quantas vezes nos desviamos do redil, seduzidos pelas ilusões do mundo? Quantas vezes preferimos os caminhos largos, sem perceber que nos afastamos d’Aquele que nos ama com amor eterno? Hoje, diante da imagem do Senhor condenado, devemos nos perguntar: tenho reconhecido este amor? Tenho respondido a Ele com entrega, com arrependimento sincero? Ou continuo vivendo alheio ao Seu sacrifício, como se não fosse também por mim que Ele subiu ao Calvário? Nosso Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro imaculado, se fez servo, assumiu a cruz e suportou humilhações, dores e abandono para que nenhuma alma se perdesse. Ele deixou a glória do céu para caminhar entre os pecadores, tocando os corações endurecidos e curando as feridas mais profundas. No madeiro da cruz, suportou as chagas do pecado da humanidade, carregando sobre Si o peso de nossas fraquezas e misérias.
Amado filho de Deus, até quando fugirá do meu Amor?
Você tem consciência desse amor insondável? O Senhor busca por você incessantemente, esperando o seu retorno, desejando sua reconciliação. Como o bom pastor que deixa as noventa e nove ovelhas para resgatar a que se perdeu, Cristo nunca desiste de você. Ele se rebaixa, humilha-se e dá a própria vida para que possa encontrar o caminho de volta ao aprisco do Pai. Diante dessa verdade, qual será a sua resposta? Permanecerá longe, indiferente ao clamor do seu Pastor? Ou corresponderá a esse amor infinito, arrependendo-se e voltando para os braços d’Aquele que nunca deixou de amá-lo? O Pastor já fez o Seu caminho até você. Agora, cabe a você dar o próximo passo.
Não demore! O Bom Pastor chama pelo seu nome
Volte ao Seu rebanho, acolha Seu amor e permita que Sua graça restaure sua alma. E mais uma vez, lembre-se: Ele não o condena, mas acolhe. Ele não o julga, mas o ama. Ele já foi até as últimas consequências para encontrá-lo. Só falta uma coisa: que você se deixe ser encontrado. Até quando fugirá do Seu Amor?
Um abraço fraterno!
Elaine Ribeiro
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