A caridade não se ensoberbece

A caridade não se ensoberbece, uma vez que a verdadeira caridade nos leva a uma disposição genuína e generosa de ser para o outro e com o outro. A soberba em si nos leva a reações negativas e distantes de uma verdadeira paz e disposição para com o outro. Esse é um dos principais efeitos da caridade: o amor disponível, sincero e desprovido da necessidade de reconhecimento.

 

A caridade não se ensoberbece

Créditos: franckreporter / GettyImagens

A caridade não se ensoberbece

A caridade compete muito mais um pensamento voltado ao outro do que para si, e se autocentrado for, perde, de certa forma, a verdade do que é a caridade em sua essência, e por isso é importante refletirmos que o verdadeiro  amor não se ensoberbece, não é preenchida de soberba, de orgulho.

São João Paulo II, em uma de suas homilias, destacou que só por meio da caridade as atividades têm o seu sobrenatural valor. “Sem a caridade toda a nossa atividade pode mesmo causar admiração e surpresa, mas não nenhum valor sobrenatural.” Portanto, o amor é “é paciente, benigno, não é invejoso; a caridade não se ufana, não se ensoberbece” (I Cor 13,4).

Mais do que fazer para o outro, a caridade não deve ser fonte de orgulho, pois esse, na verdade, é fonte de muitos dos nossos vícios. Quanto do nosso orgulho excessivo não nos encaminha para o individualismo, para comportamentos autocentrados e de um excesso de amor próprio que nos aparta do outro.

Aprender a caridade significa ensinar ao próprio coração essa vida interior!

A caridade é ainda um aprendizado. Destacava ainda São João Paulo: “A caridade é a vida interior deste coração. Aprender a caridade significa ensinar ao próprio coração esta vida interior; ensiná-la ao coração, mas também à inteligência, aos sentidos, ao espírito, ao corpo, ensiná-la ao homem inteiro. A caridade não se ensoberbece!

Para que se pratique a caridade, é necessário aprendê-la. Particularmente, os jovens são levados a crer que o amor seja algo de imediato, algo que encontramos no coração sobretudo como sentimento. Sim. É verdade que no nosso coração, especialmente no coração de um jovem, se encontra o sentimento do amor e que ele aparece como por si mesmo, mas é necessário que essa prática caridosa e desprovida de orgulho precisa ser colocada em prática nas pequenas coisas.

É na alegria de sermos “para o outro” que encontraremos a fonte e o sentido o amor

Numa espera egoísta e orgulhosa por reconhecimento, do ser autocentrado demasiadamente, de viver apenas para si que podemos, aos poucos, perder o sentido e a beleza da vida. É na alegria de sermos para o outro que encontraremos realmente a fonte e o sentido do amor, ou seja, uma forma empática para o outro e com o outro. 

Um abraço fraterno e uma excelente semana para você!

Elaine Ribeiro
Instagram @elaineribeiro_psicologa

Elaine Ribeiro dos Santos