Jesus é o remédio para o pecado original, e o pecado é o que há de pior para a vida do homem. Desde a origem, o pecado é entendido como um “não” dado a Deus e ao Seu projeto de amor pelo homem. O homem, no abuso de sua própria liberdade, levanta-se contra Deus na pretensão de alcançar sua realização fora d’Ele.
As consequências do pecado original
As consequências do pecado original foram: “A natureza humana ficou enfraquecida nas suas forças e sujeita à ignorância, ao sofrimento e ao domínio da morte, e inclinada para o pecado”, ensina o Catecismo (CIC, 418).
Jesus é o remédio para todo pecado. A sociedade tornou-se corrompida, ferida profundamente no corpo e na mente. Por isso “a doença da qual Jesus é o remédio é, antes de tudo, a do pecado”, nos falou o Papa João Paulo II. Jesus mesmo explica isso quando cura o paralítico: “‘Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar os pecados, ordeno-te – disse ao paralítico – levanta-te, toma o teu catre e vai para tua casa’ (Mc 2, 10-11). Antes ainda que nas curas, Jesus venceu o pecado superando as ‘tentações’ que o diabo Lhe apresentava (cf. Mc 1, 12-13; Mt 4, 1-11; Lc 4, 1-13)”.
Jesus é o remédio para o pecado original
Jesus é remédio para o pecado por sua obediência. Veja, o pecado teve sua origem e se perpetua sendo um “não” a Deus e a Seu projeto de amor (Cf. Gn 3). Portanto, combatemos os pecados pessoais, que se abrigam dentro de nós; e as estruturas de pecado, ao redor de nós, tendo gosto pelo “sim”, como Jesus teve ao projeto de amor do Pai, nos ensinou o Papa Peregrino (João Paulo II, Audiência, 25 de agosto de 1990).
Jesus é o único remédio para o pecado. Nesse mesmo sentido, afirmou o Papa Bento XVI: O pecado, “esta lepra do espírito, que desfigura o rosto da humanidade, só Deus, que é Amor, a pode curar”. Por meio da conversão a Deus, a pessoa é “curada interiormente do mal”. Além da cura do corpo, que é superficial, é preciso se abrir à profunda cura do “coração”, que se irradia a toda existência. A cura completa, radical, é a ‘salvação’. De fato, a salvação vale mais do que a saúde, ela “é uma vida nova, plena, definitiva” (Bento XVI, Angelus, 14 de outubro de 2007).
O nome de Deus é misericórdia
O Papa Francisco (2016) nos diz em seu livro “O nome de Deus é misericórdia”, p. 65. que se reconhecer pecador “é uma graça que se deve pedir”. De fato, diante do pecado é preciso reconhecer-se pecador e examinar seus próprios procedimentos. Só assim Jesus será o remédio que traz a cura pelo perdão e que purifica de toda iniquidade (cf. Gl 6,4; IJo 1,8-10).
Oremos pedindo esse divino remédio, como ensina Santo Agostinho em uma das suas catequeses (Dos livros das Confissões, Lib,10,26.37-29,40;CCL 27,174-176 – Séc. V): “Ai de mim, Senhor! Tem piedade de mim. Lutam minhas más tristezas com as boas alegrias e não sei quem vencerá. Ai de mim, Senhor! Tende piedade de mim! Ai de mim! Bem vês que não escondo minhas chagas. És o médico; eu o doente. És misericordioso; eu, o miserável”.
Abraço fraterno de sua irmã em Cristo,
Rosa Cruvinel
Comunidade Canção Nova